Entregadores de aplicativo anunciam 'maior greve' em todo o País

Entregadores de aplicativos de diferentes regiões do Brasil prometem a "maior greve da história" para os dias 31 de março e 1º de abril. O anúncio da nova paralisação foi feito por diferentes redes sociais. Os profissionais reivindicam melhores condições de trabalho.

Segundo as publicações, a greve acontecerá nos principais aplicativos de entrega como iFood, Uber Flash e 99 Entrega e busca garantir quatro principais reivindicações:

1. O estabelecimento de uma taxa mínima de R$ 10 por entrega;
2. O aumento do valor pago por quilômetro rodado de R$ 1,50 para R$ 2,50;
3. A limitação do raio de atuação das bicicletas a três quilômetros;
4. Remuneração integral de cada pedido quando múltiplas entregas são agrupadas em uma mesma rota.

Os organizadores afirmam ainda que vão encaminhar às autoridades competentes eventuais denúncias de "práticas antissindicais", como incentivos ou bônus pagos por aplicativos para que entregadores não participem da paralisação.

Em dezembro de 2024, somente a plataforma do iFood tinha 360 mil entregadores cadastrados no Brasil. No ano anterior, um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou 2,1 milhões de trabalhadores de plataformas digitais no País.

O governo federal e o Congresso debatem, nos últimos anos, regulamentação para estes profissionais, mas esbarram em pontos polêmicos. O projeto de lei do executivo recebeu apoio da Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de São Paulo (Fhoresp).