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Cotidiano
Túneis pretendem ligar a rua Sena Madureira com a avenida Ricardo Jafet, em São Paulo
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Manifestantes protestam contra a construção de túneis na Sena Madureira | Reprodução/Redes sociais
A rua Sena Madureira, na zona sul de São Paulo, tem sido palco de protestos nos últimos dias e não foi diferente neste fim de semana.
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Com cartazes escritos “Não ao túnel” e “Desmatando adoidado”, moradores da região e figuras políticas como o deputado Carlos Giannazi (PSOL) lutam contra a construção de dois túneis, que podem desencadear em problemas sociais e ambientais.
Na última quarta-feira (6/11), a Prefeitura de São Paulo iniciou a construção dos túneis, que, segundo o projeto da gestão Ricardo Nunes (MDB), prevê melhorias no trânsito da região, direcionando os veículos da Sena Madureira à avenida Ricardo Jafet.
Para isso, serão construídos dois túneis com 1,6 km de extensão. O primeiro vai da rua Botucatu até a altura da rua Mairinque, enquanto o segundo vai da rua Mairinque até a Embuaçu. Veja fotos do protesto.
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Em outra manifestação, moradores tentam impedir derrubada de árvores na zona norte de São Paulo.
Entretanto, para beneficiar as pessoas que circulam pela Vila Mariana, Ipiranga e Jabaquara, 172 árvores serão removidas da região que, desde a revisão da Lei de Zoneamento, em 2023, é reconhecida como Zona Especial de Proteção Ambiental (ZEPAM).
Além disso, a região conta com o Córrego Embuaçu, um dos últimos a céu aberto em São Paulo, que já foi parcialmente concretado.
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Somados, os corpos verdes e o córrego “tem papel vital na manutenção da biodiversidade, no controle de temperatura e na melhoria da qualidade do ar”, como consta no estudo de impacto ambiental do próprio projeto de construção dos túneis.
Fora os impactos ambientais, o projeto pretende remover as comunidades Souza Ramos e Luiz Alves, lar de 150 famílias. Há pelo menos 40 anos na Vila Mariana, os moradores das comunidades não têm perspectiva de onde ir.
“Vivo aqui há 30 anos, faço tratamento médico aqui perto. Para onde vou? A Prefeitura só chegou aqui com tratores, não falou nada e agora vivemos tensos com a possibilidade de termos de sair a qualquer momento”, disse Anatalia Passos, 66 anos, empregada doméstica aposentada e moradora da comunidade Sousa Ramos, em entrevista ao “Estadão”.
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