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Cotidiano
Polícia Judiciária conta com setores que trabalham de forma integrada, buscando provas - a papiloscopia é um deles
04/10/2023 às 16:16 atualizado em 04/10/2023 às 16:31
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Para isso, conta com diversos setores que trabalham de forma integrada, buscando provas | Divulgação/Governo do Estado de São Paulo
Uma simples impressão digital pode mudar o curso de uma investigação e desvendar um crime. A essa ciência, que estuda os desenhos formados pelas elevações da pele para identificar pessoas, dá-se o nome de papiloscopia.
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O termo pode soar estranho para alguns, no entanto, a papiloscopia é uma importante aliada na resolução de crimes para a Polícia Civil, que neste sábado (30) foi homenageada pelos serviços prestados em prol da segurança pública de São Paulo.
A Polícia Judiciária é a responsável por investigar crimes para entender o que aconteceu, como, o porquê e quem é o autor.
Para isso, conta com diversos setores que trabalham de forma integrada, buscando provas.
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A papiloscopia é um deles.
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“É uma coleta de fragmentos de impressões digitais deixadas pelos possíveis autores na cena do crime”, explica Anderson Floriano, que passou 21 dos seus 39 anos se dedicando à área das impressões digitais na polícia.
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Além da busca de autores por meio de impressões digitais, a polícia também usa o processo para fazer a correta identificação de uma vítima fatal.
“Qualificação e identificação são duas coisas diferentes”, explica o papiloscopista. Um documento não identifica uma pessoa porque ele pode ser falsificado, por isso, todas as vítimas, ainda que estejam com algum tipo de registro quando são encontradas, são identificadas por meio das digitais.
Atestar quem é a vítima é uma importante etapa para solucionar o crime. “Depois disso, conseguimos dar um norte para a autoridade policial de quem é aquela pessoa, onde ela residia, qual a profissão, quem são os parentes. Essas informações auxiliam nas investigações”, detalha.
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O setor ainda possui um banco de dados civil e outro criminal.
O primeiro armazena as informações biométricas de todo o cidadão a partir do momento em que ele vai fazer seu primeiro registro civil, como a carteira de identidade (RG), por exemplo.
O segundo, porém, é restrito a pessoas que já cometeram algum tipo de delito.
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Em uma cena de crime, assim que as digitais são colhidas, os papiloscopistas têm a responsabilidade de fazer buscas nos bancos de dados para a correta identificação.
Antes, a procura era feita de forma manual, no entanto, desde 2014, o processo foi automatizado por um sistema inédito, que revolucionou a história da papiloscopia em São Paulo.
O AFIS, que em português quer dizer Banco de Dados de Busca Automatizada de Impressões Digitais, confronta a digital colhida com as armazenadas e dá ao policial algumas indicações de quem é a pessoa procurada, facilitando a busca em meio a milhões de pessoas.
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Crimes desvendados
Por meio da papiloscopia, muitos crimes já foram desvendados.
Anderson, porém, destacou dois que mais marcaram seus 21 anos de carreira.
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O primeiro, em 2016, envolveu o resgate de uma idosa.
A vítima chegava em casa quando foi rendida pelo grupo, que a levou para um cativeiro.
O carro da mulher, abandonado pelos criminosos em uma praça no Jardim Arpoador, foi fundamental para prender os autores.
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Uma impressão digital deixada na maçaneta interna do veículo fez com que a polícia chegasse em todos os envolvidos e resgatasse a vítima.
“Até então, não se colhia impressões nessa posição”, conta o profissional.
“Esse abraço dela com os familiares logo quando foi encontrada representa todo trabalho policial, que envolve a investigação, a parte técnica do perito criminal, a atuação da equipe que invadiu o cativeiro, a autoridade policial. Todo um trabalho em conjunto para devolver um ente querido com vida para seus parentes”, destacou ele, ao relembrar o momento em que a idosa foi retirada do cativeiro.
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O outro caso, ocorrido em 2021, terminou com a prisão de seis homens que mataram um casal de idosos após invadir uma casa.
Durante a perícia, uma digital deixada na televisão da sala auxiliou na identificação dos envolvidos.
Outras áreas integradas de atuação
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Além da papiloscopia, outras áreas são fundamentais para esclarecer um crime, como a investigação, por exemplo, que é a responsável por reunir as provas já coletadas e ir em busca de outros elementos.
É a apuração que vai embasar o delegado a fundamentar sua decisão e mostrar à Justiça elementos de autoria do crime.
Os registros são de responsabilidade de um escrivão de polícia.
É ele quem redige os principais documentos do inquérito policial e do auto de prisão em flagrante, por exemplo.
Outra área importante é a telecomunicação, responsável por prestar apoio aos policiais que ficam nas ruas.
É nesse setor que fica a central de comunicação da Polícia Civil.
Além disso, também há o agente policial, que presta apoio às outras áreas, atuando na investigação e em operações.
São todas essas áreas que, juntas, compõem a Polícia Civil de São Paulo e contribuem para a segurança da população e a promoção da Justiça.
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