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Cotidiano

Enem 2023 teve 32% de faltosos

O volume de faltosos seguiu o padrão dos últimos anos, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (12) pelo governo

Caroline Souza

12/11/2023 às 22:00

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Dos 3,9 milhões de inscritos, 1,2 milhões não fizeram o exame

Dos 3,9 milhões de inscritos, 1,2 milhões não fizeram o exame | Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Quase um terço dos inscritos no Enem 2023 não compareceu aos dois dias de prova. Dos 3,9 milhões de inscritos, 1,2 milhões não fizeram o exame, o primeiro sob a atual gestão do presidente Lula (PT).

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A taxa de abstenção do exame foi de 32%.O volume de faltosos seguiu o padrão dos últimos anos, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (12) pelo governo.

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No Enem do ano passado, faltaram aos dois dias do exame 32,1% dos inscritos, segundo dados divulgados neste domingo.

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Foram eliminados neste domingo 2.217 candidatos, por algum problema na aplicação. O ministro da Educação, Camilo Santana (PT), afirmou que o Inep identificou que imagem da prova circulou novamente neste domingo, a partir das 17h --depois do exame ter começado.

A prova é a principal porta de entrada para o ensino superior. Serve de acesso a vagas em instituições públicas com o Sisu (Sistema de Seleção Unificada) e ainda é critério para acesso a bolsas do ProUni (Programa Universidade para Todos) e ao Fies (Financiamento Estudantil).

Os candidatos fizeram neste domingo as provas de matemática e ciências humanas. Foram 45 questões de cada área.

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O exame começou no último domingo (5), com as provas de linguagens, ciências humanas e com a redação.

O tema foi "Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil". Já no primeiro dia do exame a taxa de faltosos foi de 28,1%.

Esta edição do Enem ficou marcada por queixas de políticos de direita sobre um suposto viés ideológico em algumas questões. A bancada ruralista chegou a pedir anulação de duas questões que, na visão do grupo, produziam uma imagem negativa e errada do agronegócio.

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O presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), Manuel Palácios, disse à Folha na última semana que as questões não são feitas para o candidato concordar com os textos, mas interpretar o que os autores quiseram dizer. Ele descartou anular os itens questionados.

Houve erros na alocação de cerca de 50 mil candidatos a mais de 30 km de casa --o que fere as regras do exame. A realização deste ano ainda foi marcada por chuvas pelo Brasil, como em São Paulo e Paraná, que derrubou a energia de muitos locais, incluindo escolas onde a aplicação era prevista.

O governo garantiu que os candidatos prejudicados pela distância dos locais de prova e também os afetados por problemas climáticos poderão fazer o Enem nas datas de reaplicação, marcada para os dias 12 e 13 de dezembro.

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Os prejudicados deverão submeter seus pedidos para a análise. Esse comunicado deve ser feito na página do participante, onde haverá uma aba específica para isso. O sistema receberá as informações no período de 13 a 17 de novembro. O Inep vai analisar os pedidos e cruzar dados para confirmar o direito à reaplicação.

O gabarito oficial do Enem será divulgado no próximo dia 24. Os participantes vão conhecer suas notas em 16 de janeiro de 2024.

Por conta do modelo matemático adotado pelo Enem, as notas de cada área de prova dependem de quais questões foram assinaladas corretamente, e não apenas a quantidade.

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