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Cotidiano

Empregos digitais crescem no Brasil; você está preparado?

Segundo pesquisa, os empregos digitais cresceram quase 5% em cinco anos. Acréscimo foi maior do que o dos empregos formais

Gladys Magalhães

27/01/2023 às 14:38  atualizado em 27/01/2023 às 14:44

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Até 2025 serão demandadas mais de 770 mil posições de empregos digitais em vários setores econômicos

Até 2025 serão demandadas mais de 770 mil posições de empregos digitais em vários setores econômicos | Laptop Racool_studio no Freepik

O mercado de trabalho está mudando e é preciso investir em novas habilidades se quiser conquistar uma oportunidade em 2023 ou em um futuro não muito distante. Ao menos é para essa direção que aponta a pesquisa “Transformação digital, produtividade e crescimento econômico”, desenvolvida pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

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De acordo com o levantamento, nos últimos cinco anos, o número de empregos digitais teve crescimento de 4,9%. O percentual é maior ao verificado nos empregos formais.  Porén, conseguir mão de obra para preencher estas vagas ainda é difícil.

“Até 2025 serão demandadas mais de 770 mil posições desses empregos digitais em vários setores econômicos. Contudo, hoje, o Brasil forma cerca de 54 mil pessoas em funções relacionadas a tecnologia, considerando ensino superior e técnico. Então, o que vemos é que o gargalo é bastante acentuado e que o déficit entre formação de mão de obra e demanda é bastante ampliado”, observa Tatiana Ribeiro, diretora-executiva do Movimento Brasil Competitivo.

Gerando interesse
Na opinião de Tatiana, para driblar a falta de mão de obra para o mercado digital no futuro, é necessário  gerar interesse nos jovens de seguirem tais carreiras.

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“Quando avaliamos os dados de formação de mão de obra, vemos que estamos bastante distantes do necessário. Assim, existe o desafio de gerar maior interesse para que jovens tenham vontade de perseguir carreiras relacionadas à ciência e tecnologia. Também há o desafio de alfabetizar digitalmente a nossa população e avançar desde à escola, levando competências digitais básicas para que possamos durante a trajetória de formação gerar interesse e assim ampliar o número de profissionais formados nestas áreas”, avalia.

O CEO e fundador da empresa de tecnologia Qodeless, Eliel Ebenézer, tem opinião parecida. Para ele, governos, sociedade e empresas devem ter iniciativas para superar a falta de qualificação da população.

“O emprego digital é a nova tendência do mercado. No período da pandemia teve um crescimento imenso, e mesmo após a pandemia ele não perdeu o seu espaço (...). Para driblar a falta de mão de obra é preciso incentivar o interesse por cursos, facilitar acesso à plataformas gratuitas, inserir cursos na grade escolar.  Temos maneiras para contornar essa situação e poder ajudar a gerar oportunidade de emprego para muitas pessoas”, diz Ebenézer.

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Hoje e amanhã
Na opinião dos profissionais, quem já está no mercado de trabalho precisa buscar qualificação para se inserir neste mercado.

“Para se inserir no mundo digital é necessário buscar qualificação e desenvolver algumas habilidades, tais como: criatividade, comunicação, mente analítica e multidisciplinar. Com a junção de hard skill e soft skill, acredito que a pessoa esteja pronta para seguir nesse mundo”, avalia o CEO da Qodeless.

Já para preparar as novas gerações para este mercado, os especialistas acreditam que é necessário trabalhar a lógica de programação desde a infância, o que pode ser feito, inclusive, brincando, com peças de montar e jogos de vídeo game, por exemplo.

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“Na área de tecnologia nós temos um mercado vasto, com muitas vagas em aberto e falta de pessoas para preencher. Assim, as pessoas devem, primeiro, ter ciência de que o mercado mudou e tem novas exigências, ele valoriza pessoas que se reinventam, que têm um perfil multitarefa e está sempre em constante aprendizado, essas são algumas habilidades que o mercado busca e tem uma necessidade constante. Além disso, devemos esperar mais inovações tecnológicas, automatização, empresas com empregos híbridos, e focadas mais nas habilidades comportamentais dos colaboradores”, diz Ebenézer.

Mais sobre empregos digitais
Se fala tanto sobre empregos digitais, mas você sabe o que é isso? Segundo Tatiana, essencialmente, os empregos digitais são aqueles relacionados à área de tecnologia, que estão presentes em todas as empresas, como programadores, cientistas de dados e engenheiro de inteligência artificial, por exemplo.

Contudo, há quem amplie mais esse conceito, considerando também áreas como produção de conteúdo, marketing digital, mídias sociais, entre outros.

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No Brasil, os empregos digitais estão em vários setores da economia e as ocupações essencialmente digitais possuem remuneração média cerca de 95% superiores em relação às remunerações médias de ocupações gerais do mercado.

Sobre a oferta digital brasileira, o estudo do MCB e FGV mostrou crescimento de 5,7%, em cinco anos, enquanto o mercado americano cresceu 7,1%. Segundo o levantamento, se a oferta digital brasileira alcançasse o patamar atual de representatividade da economia americana, calculado em 10,2% em 2020, o Brasil teria um incremento de 1,12 trilhão de reais na economia.

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