Em meio à pandemia, jovens descumprem isolamento em festas clandestinas

Mesmo com o apelo das autoridades para evitar aglomerações, as festas clandestinas estão cada vez mais comuns em todo o Estado. Na madrugada dessa sexta-feira (17) uma festa no Palazzo Lounge Beer, no bairro da Penha, zona leste da Capital reuniu mais de 1.500 jovens.

De acordo com o boletim de ocorrência, o mesmo organizador deste evento, Rafael Correia, já havia sido denunciado por outra festa clandestina em uma mansão em Guaianases no sábado (4) e também foi o responsável por uma festa que ocorreu nesta quarta-feira (15). O evento foi divulgado nas redes sociais como "Baile do Rafael Correia". A divulgação foi feita através de um flyer.

Já no mês passado, uma casa noturna de Taboão da Serra, na região sudoeste da Grande SP, promoveu uma festa de aniversário em plena pandemia com cerca de 250 pessoas reunidas. Todos estavam sem máscaras.

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O evento foi encerrado após uma denúncia anônima, que levou a Guarda Civil Municipal até o local, que fica na divisa com São Paulo, próximo a Estrada do Campo Limpo e o Extra Taboão, e encerrou a comemoração. 

Em entrevista à Gazeta, o secretário da Fazenda de Taboão da Serra, Adelço Bührer Júnior disse que as fiscalizações foram reforçadas. “Estamos atentos na fiscalização de todos os estabelecimentos que não estão cumprindo as regras durante esse período de quarentena. Em relação ao caso da casa noturna Hollywood que promoveu a festa, a prefeitura notificou o proprietário e ele foi multado. É preciso responsabilidade nesse momento”, disse o secretário.

Ainda de acordo com Adelço, os moradores de Taboão que flagrarem alguma festa clandestina podem denunciar. “Morador pode ligar na ouvidoria da Prefeitura, que atende pelo telefone (11) 4788-5355 e denunciar. Acompanhamos todos os casos e fiscalizamos”, finalizou.

Ainda em Taboão, um baile funk promovido no último dia 15 de junho reuniu mais de 300 jovens na rua Irmã Paula Loebenstein, no Sítio das Madres. O evento só foi encerrado após a chegada da Guarda Civil Municipal (GCM).

ALTA.

A Prefeitura de São Paulo recebeu, desde o início da quarentena, em 24 de março, até o começo deste mês, 235 reclamações contra casas noturnas, baladas e boates abertos durante a pandemia do coronavírus.

De acordo com o Plano São Paulo de reabertura do governo do estado, só é permitido promover eventos que geram aglomerações na fase 5, chamada de "normal controlado".