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Cotidiano
Município deve fechar ano com estatísticas mais altas em nove anos
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Em números totais, as delegacias de Polícia Civil de São Vicente já registraram 3.036 furtos e 1.819 roubos ao longo dos três primeiros trimestres | Reprodução
Embora São Vicente venha empenhando esforços para tentar conter a onda de violência que atinge a Cidade neste mês de novembro, a tendência é de que o Município encerre o ano de 2022 com uma amarga marca de alta nos casos de furtos. Segundo estatísticas divulgadas pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, mais de 3 mil delitos deste tipo já foram registrados entre janeiro e setembro.
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"Leia esta matéria também no Diário do Litoral".
Em números totais, as delegacias de Polícia Civil de São Vicente já registraram 3.036 furtos e 1.819 roubos ao longo dos três primeiros trimestres. Ao se comparar com os anos anteriores registrados pela SSP-SP, é possível contabilizar que 2022 é o ano com a maior quantidade de delitos deste tipo desde 2013, quando os primeiros nove meses daquele ano tiveram 3.310 boletins de ocorrência de furtos. Ao final do ano, foram 4.198, uma marca alta e que não deve ser superada por 2022, que possui média de 337 furtos por mês atualmente.
Essa marca atingida em 2022, porém, coloca São Vicente em uma situação que deve marcar o ano como aquele com maior número de furtos em nove anos. Contra os 3.036 furtos ocorridos até o momento, o município já superou 2021, que teve 2.799 delitos do time excluindo os dados de outubro, novembro e dezembro.
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Em 2020, foram 2.330 nos nove primeiros meses, 706 a menos do que neste ano e em 2019 foram 2.622, enquanto 2018 contou com 2.244 ocorrências policiais desta natureza e em 2017 foram 2.390.
A situação é mais grave quando são analisados os números de 2016. Naquele ano, os 12 meses tiveram 2.875 furtos, 161 a menos do que os nove meses de 2022. Se analisarmos apenas o período entre janeiro e setembro, esse número cai para 2.200, 836 delitos a menos deste tipo.
Fechando a lista, 2015 teve 3.151 boletins de ocorrência por furto, sendo que 2.415 foram registrados entre janeiro e setembro enquanto em 2014 foram 3.739 crimes desta natureza, sendo que 2.480 se deram sem os dados do último trimestre.
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Como destacado anteriormente, 2013 foi o último ano em que São Vicente registrou tantos furtos e, mesmo assim, por uma diferença baixa. Os 12 meses daquele ano registraram um alto número de boletins de ocorrência, 4.198 ao todo. Ao longo dos três trimestres iniciais, foram 3.310, 274 a mais.
ROUBOS.
Quando se tratam de roubos, São Vicente também não vive um ano para se lembrar, mas que não fica muito longe da média. Entre janeiro e setembro de 2022 foram 1.819 crimes deste tipo. Para se ter uma ideia, esse número já é maior que o total absoluto de 2021, quando foram 1.812 delitos, sete a menos. Ao se separar os números sem os dados do trimestre final, a comparação fica entre 1.819 deste ano contra 1.364 do ano passado.
Em 2020, as delegacias de São Vicente registraram 2.286 roubos, sendo 1.767 entre janeiro e setembro. Já em 2019 os números foram mais elevados, 2.941 roubos ao longo dos quatro trimestres, 2.266 nos primeiros nove meses, 447 a mais que neste ano.
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AÇÕES.
Em nota, a Prefeitura de São Vicente afirma, por meio da Secretaria de Defesa e Organização Social (Sedos), que não tem medido esforços para reformular o cenário da segurança pública na Cidade, área cuja responsabilidade é compartilhada entre Governo do Estado e Prefeitura.
“Na última semana, o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, atendeu ao pedido do prefeito Kayo Amado que, desde 31 de outubro, solicitava reforço policial em São Vicente. Devido às recentes ocorrências criminais, Kayo Amado protocolou novamente um ofício via Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista (Condesb), com apoio dos demais prefeitos da Baixada Santista, pedindo aumento do efetivo de profissionais”.
Com isso, no dia 17 de novembro, foram deslocados cerca de 300 policiais civis e militares na Operação Baixada Santista Mais Segura. Além destas ações, a Administração Municipal também inaugurou, há dois meses, o primeiro Centro de Controle Operacional (CCO) da história da Cidade, equipamento que tem ajudado no atendimento de ocorrências relevantes e monitora pontos estratégicos através de 30 totens de segurança que totalizam 180 câmeras.
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“Recentemente, São Vicente também entregou radiocomunicadores aos profissionais das áreas de defesa e segurança, facilitando a comunicação entre os agentes. A GCM também tem passado por capacitação para o uso institucional de arma de fogo. Na última semana, os agentes receberam novos coletes balísticos para trabalhar, algo também inédito na corporação”, conclui a nota.
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