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A Câmara dos Deputados oficializou ontem o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), como líder do partido na Casa | /Marcelo Camargo/Agência Brasil
Em novo capítulo da "batalha das listas" do PSL, a Câmara dos Deputados oficializou nesta segunda-feira o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, como líder do partido na Casa. Ele recebeu o apoio de 28 dos 53 parlamentares da legenda - a lista original tinha 29 nomes, mas um não foi aceito.
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Eduardo preferiu a cautela ao comentar a decisão: "Não sei se neste momento sou líder". A confirmação ocorre logo após o agora ex-líder da bancada, Delegado Waldir (PSL-GO), divulgar um vídeo em qual diz abrir mão do posto. Segundo aliados, a gravação foi feita antes de a Câmara confirmar que Eduardo era líder. Em uma rápida reação, o grupo de parlamentares do PSL ligados ao presidente do partido, Luciano Bivar (PE), prepara um contra-ataque para manter Waldir na liderança da bancada na Câmara. Isso porque, segundo o deputado Júnior Bozzella (PSL-SP), da ala "bivarista", nesta manhã houve uma proposta de "trégua" entre os grupos, costurado pelo ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, com Bivar.
Na versão do deputado, o acordo previa a manutenção de Waldir como líder até janeiro em troca da revogação da suspensão de cinco parlamentares do grupo ligado a Bolsonaro, determinadas na semana passada. Foram suspensos os deputados Alê Silva (MG), Carla Zambelli (SP), Filipe Barros (PR), Carlos Jordy (RJ) e Bibo Nunes (RS) - todos da ala "bolsonarista". Eles estão afastados de suas funções partidárias, como ocupar cargos em comissões da Câmara ou diretórios da legenda.
De acordo com Bozzella, Ramos e Bivar conversaram ao telefone por volta das 7h e teriam combinado de não haver mais listas e nem suspensões. Waldir não sabia dos detalhes desse acordo até gravar o vídeo, segundo o parlamentar. Por isso, fez o gesto de entrega pacífica da liderança. Segundo a assessoria de Ramos, o ministro ligou para Bivar mais cedo numa tentativa de "serenar os ânimos", mas não houve qualquer compromisso nos termos que Bozzella cita.
(EC)
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