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Cotidiano

Donos de hotéis no Centro de SP sofrem com queda de procura após ações na Cracolândia

Após operações da Polícia na Cracolândia, no Centro de São Paulo, donos de hotéis da região entraram com um pedido de ajuda à Secretaria de Turismo

Natália Brito

18/08/2022 às 13:04  atualizado em 18/08/2022 às 13:21

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Segundo a Associação da Indústria de Hotéis, por medo, as pessoas estão optando por se hospedar em outras regiões da capital.

Segundo a Associação da Indústria de Hotéis, por medo, as pessoas estão optando por se hospedar em outras regiões da capital. | Reprodução/TV Globo

Após operações da Polícia na Cracolândia, no Centro de São Paulo, donos de hotéis da região entraram com um pedido de ajuda à Secretaria de Turismo. Segundo os proprietários, houve uma queda nas reservas desde que as ações se iniciaram.  

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De acordo com a Associação de Hoteleiros, o motivo da diminuição das reservas é a insegurança dos hóspedes. 

Eduardo Lopes de Moraes conta que em mais de 20 anos de atuação na área de hotelaria na região central, ele nunca viveu uma fase tão complicada. "Caiu muito o movimento porque mudou muito aqui o centro. Agora, tem muitos furtos, principalmente celular, né. Então, o pessoal tem muito medo de andar na rua. Durante o dia não tem muito problema. Problema mais é quando escurece. Mais à noite fica mais perigoso".

Segundo informações do portal "G1", a procura por hotéis na área é principalmente por turistas que vão as compras nas regiões da 25 de Março e no Brás, e os que participam de eventos corporativos.

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Porém, segundo a Associação da Indústria de Hotéis, por medo, as pessoas estão optando por se hospedar em outras regiões da capital.

"A gente fez um cálculo e está tendo uma diminuída de quase 30% da ocupação", diz Antônio Reinales, vice-presidente da ABIH-SP e dono de hotéis no centro.

Diferente da região central, na capital como um todo, a taxa de ocupação de hotéis vem subindo desde o começo do ano. Passou de 39,5% em janeiro para 67% no último levantamento, em junho. Mostrando um crescimento desigual. 

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Antônio, além de vice-presidente da associação do setor, é proprietário de seis hotéis no Centro e conhece a realidade do local.

"A média entre os hotéis grandes, pequenos e grandes hotéis está em 60%. Mas poderia estar em 80, 85%, que era a média antes da pandemia. Se não tivesse talvez esse problema no centro talvez estivéssemos no mesmo patamar", diz.

Essa diferença motivou um ofício enviado ao Conselho de Turismo exigindo "medidas que, se não resolvam o problema na totalidade, ao menos reduzam o impacto aos olhos de quem optar por se hospedar nesse pedaço da cidade"

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A Secretaria de Turismo do Estado falou que está avaliando a criação de um fundo para revitalizar o Centro de São Paulo.

O Conselho de Turismo encaminhou as demandas dos hoteleiros para Secretaria de Segurança, que, por sua vez, disse que acompanha os deslocamentos dos usuários de drogas e faz um trabalho de inteligência para prender os traficantes.

A prefeitura afirmou que participa desse trabalho policial e que ampliou o atendimento de saúde aos dependentes químicos.

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Após a dispersão de dependentes químicos da Praça Princesa Isabel, na região central da capital, ao menos 16 novos locais com concentração de pessoas em situação de rua usando drogas surgiram, os dados são de uma pesquisa da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de São Paulo (USP).

Em nota, a prefeitura informou que as ações no centro provocaram um aumento no atendimento aos dependentes químicos, e que desde 2017 é possível verificar uma redução do número de pessoas na Cracolândia.

Entretanto, uma investigação do Ministério Público que apontou ilegalidade no processo afirma que a grande maioria dos internados não tem histórico de dependência química.
 

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