A+

A-

Alternar Contraste

Quinta, 19 Setembro 2024

Buscar no Site

x

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp
Home Seta

Cotidiano

Dois bairros de Santos podem ser invadidos pelo mar até 2050

Estimativa de estudo divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) é a de que cerca de 5% da população de Santos seja afetada; Instituto Geológico de SP apontou os bairros afetados

Jeferson Marques

30/11/2023 às 14:10

Continua depois da publicidade

Compartilhe:

Facebook Twitter WhatsApp Telegram
Bairros de Santos podem ser evacuados até 2050

Bairros de Santos podem ser evacuados até 2050 | Nair Bueno/Diário do Litoral

Mais de 20 mil santistas podem precisar deixar suas casas até 2050. Um estudo divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) indica que 5% da população de Santos será afetada pelo aumento constante do nível dos oceanos. E, recentemente, o Instituto Geológico de São Paulo (IGC) divulgou outro estudo onde apontou os bairros da Ponta da Praia e Aparecida como os mais afetados.

Continua depois da publicidade

"Até 2050, as projeções mostram que centenas de cidades costeiras altamente povoadas estarão expostas a um maior risco de inundações, incluindo terras onde vivem cerca de 5% da população de cidades costeiras, incluindo Santos, no Brasil, Cotonou, no Benim, e Calcutá, na Índia", afirmou a ONU, através de uma nota.

A pesquisadora Célia Regina de Gouveia Souza, do Instituto Geológico de São Paulo, tem feito monitoramentos constantes sobre esses números. Há mais de 25 anos ela monitora cerca de 600 km do Litoral de São Paulo e, em seu último estudo publicado, uma observação importante foi feita: os bairros da Ponta da Praia e da Aparecida poderão ser "engolidos" pelo mar até o final desse século. Ou, se não engolidos, podem ser evacuados. Isso se dá pelo movimento de erosão, que tem se mostrado mais amplo do que era imaginado.

Faça parte do grupo da Gazeta no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Continua depois da publicidade

A pesquisadora e geóloga aponta que o Aquecimento Global (acelerado pelo homem graças a emissão desenfreada de gases na atmosfera) é um dos principais fatores para esse que é um cenário preocupante. Isso ajuda a aumentar o derretimento das geleiras, e, claro, colaborar com a aumento do nível do mar.

A linha costeira brasileira é mais vulnerável a sentir os impactos dessa mudança, tendo em vista que ela é gigantesca e com alta densidade demográfica. E Santos, por exemplo, está incluído nesse fator de risco.

José Eustáquio Diniz Alves, doutor em Demografia e colunista do portal EcoDebate, diz que a chance de ocorrerem inundações nessas cidades é real.

Continua depois da publicidade

"A chance de haver uma grande inundação provocada pelo avanço do mar paralisando as duas cidades ainda na metade do século XXI é muito grande. Nos últimos 10 anos tenho escrito, no Ecodebate, diversos artigos mostrando os efeitos do aquecimento global e da elevação do nível do mar sobre as cidades brasileiras, o naufrágio dos deltas dos rios e os danos sobre as “benfeitorias” humanas. A realidade é que toda a costa brasileira é vulnerável e deve passar por um agravamento dos desastres provocados pelos choques das ondas sobre as “malfeitorias” da civilização", finalizou.

A ONU ainda aponta que, se as emissões de gases e outros poluentes não forem minimizadas, até 2100 cerca de 10% de Santos deve ser invadida pelo mar.

Prefeitura

Continua depois da publicidade

A prefeitura de Santos diz estar atenta às mudanças climáticas e já realizando ações que visam conter o avanço do oceano. 

Em nota à imprensa, a administração municipal informou que, desde 2018, junto com a Universidade de Campinas (Unicamp) tem feito a colocação de barreiras submersas na Ponta da Praia (49 sacos de geôtextil).

"O trabalho prossegue, gerando mais informações. No momento, estudos estão sendo feitos para a ampliação das barreiras", acrescenta o documento.

Continua depois da publicidade

Em 2019 Santos criou a Seção de Mudanças Climáticas e, no ano passado, lançou o Plano de Ação Climática (PAC), com 50 metas a serem cumpridas até 2030.

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Conteúdos Recomendados