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Cotidiano

Dispersão de usuários de drogas criou pelo menos 16 novas 'cracolândias' na Capital

Os pesquisadores concluíram que a estratégia usada pela prefeitura de dispersar dos dependentes químicos não é a mais adequada para resolver o problema da cracolândia

13/07/2022 às 12:48  atualizado em 13/07/2022 às 13:15

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Região da cracolândia (arquivo)

Região da cracolândia (arquivo) | Danilo Verpa/Folhapress

Ao menos 16 novas "cracolândias" surgiram após a dispersão de usuários de drogas da Praça Princesa Isabel, no centro de São Paulo, de acordo com uma pesquisa da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de São Paulo (USP). 

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O estudo identificou que a maior parte desses pontos está na região central da cidade e reúnem de 20 a 200 usuários em cada local. Os pesquisadores concluíram que a estratégia usada pela prefeitura de dispersar dos dependentes químicos não é a mais adequada para resolver o problema da Cracolândia. O texto conta com informações do "g1".

A prefeitura informou por meio de nota que as ações no centro provocaram um aumento no atendimento aos dependentes químicos, e que desde 2017 é possível verificar uma redução do número de pessoas na Cracolândia. 

Conflitos no Centro

Um estacionamento da região para onde os usuários se deslocaram decidiu emparedou as janelas que antes eram de vidro para tentar evitar que o local seja alvo de apedrejamento.

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Outros estabelecimentos nas redondezas foram saqueados e destruídos no início da semana.

Muitos comércios decidiram também operar com meia porta aberta. Eles alegam insegurança e medo de ataques.

Sobre o aumento na violência nas áreas adjacentes à Cracolândia, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), atribuiu na última quinta, o fenômeno a uma suposta falta do fornecimento de drogas após ações de dispersão.

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"O que me comunicaram é que teve um aumento e eu creio que seja um dos momentos que a gente vai estar vivendo, onde, com a falta de oferta abundante da droga, as pessoas ficam mais agressivas, têm comportamento mais fora do padrão normal. Infelizmente a gente vai ter que estar passando por essa fase, infelizmente é uma etapa que a gente precisa vencer, mas não podemos parar", disse ele. 

As ações da Prefeitura têm sido intensificadas desde março com uso de força policial para tentar evitar que dependentes químicos voltem a ficar concentrados em somente uma área. 

Nunes ainda afirmou que a prefeitura tem ampliado a oferta de postos de atendimento para tratamento da dependência química e defendeu as ações de internação involuntária. A medida é alvo de contestações do MP de SP. 

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Após a declaração, a gestão municipal disse que irá investir no reforço do policiamento.

Um vídeo que circulou nas redes sociais na última quarta-feira mostrava o momento em que uma loja na Santa Ifigênia é invadida por uma multidão, supostamente de frequentadores da Cracolândia. 

Na ocasião, três estabelecimentos comerciais na Rua dos Gusmões sofreram tentativa de invasão.

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