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Cotidiano
Os imigrantes que mais buscam refúgio no Estado são originários de Angola, com 3.232 solicitações, e Cuba, com 827 pedidos
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Entre 1887 e 1978, o local recebeu 2,5 milhões de pessoas, de mais de 70 nacionalidades | Greg Salibian/Folhapress
Segundo a Prefeitura de São Paulo, atualmente, a cidade abriga mais de 375 mil imigrantes, de diversas nacionalidades. Em 2022, São Paulo teve cerca de 8 mil pedidos de refúgio. Os imigrantes que mais buscam refúgio no Estado são originários de Angola, com 3.232 solicitações, e Cuba, com 827 pedidos.
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A onda de imigração na capital paulista cresceu a partir de 1870, por impulso das instabilidades na Europa, fazendo com que as pessoas sem esperança, mas com muita vontade para recomeçar, cruzassem o Atlântico em busca de novas oportunidades.
Entre 1887 e 1978, a Hospedaria de Imigrantes do Brás recebeu 2,5 milhões de pessoas, de mais de 70 nacionalidades.
Recentemente o fluxo migratório ganhou outras nacionalidades como venezuelanos, bolivianos e africanos de diferentes países. Segundo a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), das 6.500 pessoas atendidas pela Caritas Arquidiocesana de São Paulo, em 2018, 60% eram da Angola, Congo, Nigéria, Venezuela e Síria.
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Veja os bairros de São Paulo com mais influência estrangeira, abrigo de muito refugiados ou imigrantes.
O bairro Bela Vista, popularmente conhecido como Bexiga, tem em sua origem um importante quilombo urbano, o Saracura, estabelecido por ex-escravos às margens do córrego homônimo, que passava por onde hoje é a avenida 9 de Julho. Logo após a abolição da escravatura, a região consolidou-se como importante núcleo negro no centro da capital.
O bairro é um exemplo de mescla afro-italiana, e deu origem a importantes clássicos como a escola de samba Vai Vai. Atualmente, é conhecido pela concentração de bares e cantinas.
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Apesar de ser tradicionalmente associado à Ásia, o bairro já foi conhecido pelas execuções no Largo da Forca, atual Praça da Liberdade. No século 18, abrigava uma forca e o Pelourinho, tronco onde os negros escravizados eram castigados.
A morte do cabo Francisco José das Chagas, morto a pauladas em 1821, após a corda da forca arrebentar duas vezes deu origem ao nome do bairro, nas vozes de um grupo de pessoas entoando "Liberdade!" após a morte do soldado negro.
O bairro começou a assumir sua versão oriental a partir de 1912, quatro anos depois da chegada dos primeiros imigrantes japoneses.
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Calcula-se que cerca de 400 mil japoneses e descendentes morem hoje na capital, como informa o site Cidade de São Paulo.
De passado industrial e antiga residência de operários, até a década de 20, a região foi se transformando em área comercial, cujo endereço mais famoso é a rua José Paulino, conhecida pelas lojas de roupas. Concentra a mais significativa comunidade de coreanos de São Paulo.
Com menor presença atualmente, judeus russos, lituanos e poloneses também se estabeleceram na região do Bom Retiro, fugidos do nazismo. Mais recentemente, bolivianos também passaram a ocupar o bairro, responsáveis pela Feira Kantuta, no Pari.
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A "cidade da higiene" nasceu como refúgio seguro para a elite paulistana do final do século 19 que fugia das enchentes e doenças nas áreas mais baixas da região.
Considerado um dos primeiros bairros planejados de São Paulo, Higienópolis foi projetado pelos alemães Martinho Bouchard e Victor Nothmann, priorizando fornecimento de água e encanamento de esgoto.
Atualmente, o bairro concentra cerca de 40% dos judeus que vivem em São Paulo.
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O bairro tem nome em homenagem ao distrito de Nova Iorque, nos Estados Unidos, e suas origens remontam à época da fazenda Casa Grande do casal de alemães Ana Carolina e Carlos Klein.
Os alemães chegaram à região da vizinha Santo Amaro, em 1827, e foram responsáveis pelas produções de papel e cerveja.
Espécie de fundadores do centro comercial da rua 25 de Março, a partir do final do século 19, árabes da Síria e do Líbano se instalariam, anos mais tarde, nesses dois bairros da zona sul.
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Sem dinheiro para compra de terras para se dedicarem à agricultura, os árabes viram no comércio a opção mais rápida de ganhos, cujo andar superior de lojas serviam de residência para os imigrantes.
Com a expansão dos negócios, a partir de 1914, a comunidade árabe foi se mudando para bairros como Vila Mariana e Paraíso.
Antiga terra dos índios Guaianás, o bairro viu, recentemente, suas ruas se encherem de imigrantes africanos, principalmente da Nigéria, e haitianos em busca de oportunidades, após o terremoto que arrasou o país, em 2010.
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Guaianases não conta com atrativos turísticos, mas não é raro ver igrejas estrangeiras, restaurantes de comida internacional e cartazes nos comércios, escritos em inglês e francês.
*Texto sob supervisão de Diogo Mesquita
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