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Cotidiano
Segundo médico, o uso de protetor solar diariamente - mesmo em dias chuvosos - é fundamental para manter a pele saudável; veja mais dicas
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Protetor solar | Divulgação
O verão inicia oficialmente no Brasil em 21 de dezembro, e a nova estação reforça o alerta a respeito dos cuidados contra o câncer de pele. A exposição solar excessiva é o principal fator de risco para a doença que corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no País.
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A melhor proteção para esse mal continua sendo o uso diário do protetor solar. A recomendação do médico Bruno Eduardo, dermatologista e professor da Universidade Unigranrio, é que o protetor deve ser usado todos os dias, com ou sem cor, mesmo que o tempo esteja chuvoso.
“Agora, quando a exposição solar for prolongada ou intensa, como ir a praia ou trilhas, devemos usar protetor solar com maior FPS [Fator de Proteção Solar] e com cosmética mais resistente ao suor e a água”, destacou o especialista.
O médico disse que outras formas de proteção contra o sol também são importantes, como o uso de viseiras, bonés e chapéus, além de camisas com proteção contra raios UVA e UVB. O FPS é um índice que estabelece o tempo máximo de exposição ao sol quando a pele está protegida por algum tipo de protetor solar.
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Veja dicas de como usar e reaplicar o protetor solar:
1- Usar o protetor solar de manhã e reaplicar a tarde
2- Caso tenha que lavar o rosto, ou apresente muito suor, o protetor deve ser reaplicado também
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3- Se a exposição solar for muito alta, como praia, piscina ou trilha, devemos reaplicar a cada 2 horas, e sempre após entrar na água
4- Também é verdade que a quantidade faz diferença: no rosto, espalhar três linhas com os dedos (não se esqueça do pescoço!), no corpo, uma colher de chá para cada braço, duas para o tronco, e duas para cada perna (protetores em apresentação de spray, tem essa medição prejudicada).
Fator recomendado
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Bruno explicou que o FPS acima de 30 é o ideal para o dia a dia. “Já para pessoas com fototipo muito baixo e maior risco de câncer de pele, pessoas com problemas de manchas de pele, como melasma e portadoras de doença como o lúpus eritematoso sistêmico, o ideal é acima de 50”, disse.
De acordo com o especialista, o FPS se refere somente ao UVB, que tem maior potencial de cancerogenese. Hoje, a maioria dos protetores solares tem FPS e proteção para UVA, mas ainda não há uma legislação uniforme sobre a medida utilizada nos diversos produtos.
“A diferença de produtos com FPS acima de 50 é muito pequena, com pouco impacto na diferença de proteção. No entanto, há sim, em outros países, protetores com FPS maior que 50”, acrescentou.
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Por fim, o dermatologista mostrou a importância de se manter hidratado, e fazer uso de antioxidantes para combater a formação de manchas. “Portanto, devemos sempre passar hidratante no corpo após a exposição solar. E isso também vale para o rosto, com hidratantes que podem ser para os diversos tipos de pele, oleosas ou não. Até porque hidratação e oleosidade nem sempre andam juntos. Eu também costumo orientar meus pacientes a usarem antioxidantes orais que diminuem os danos solares, como luteína, xantinas e piconogenol”, completa.
Para quem mantém os cuidados com a pele de forma mais profunda, também é recomendado o uso de skin care com ácido glicólico e niacinamida. Segundo Bruno, eles estimulam a remoção celular e previnem a formação de manchas, sem o problema de sensibilidade no verão, como o ácido retinóico”, recomenda.
“Quanto mais baixo for o fototipo do paciente, mais ele fica vermelho com o sol e, portanto, terá mais fotodano, ou seja, é correto afirmar que quanto mais clara a pele, mais cuidado o paciente tem que ter”, alertou Bruno.
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De acordo com os últimos dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), órgão ligado ao Ministério da Saúde, o Brasil deve registrar 185,6 mil novos casos de câncer de pele até o fim de 2022.
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