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Cotidiano

Delegada alerta para subnotificação de crimes de intolerância e de gênero

Receio das vítimas de exposição pública e a falta de confiança na resolução dos casos dificultam o registro das denúncias

Natália Brito

03/06/2024 às 15:30  atualizado em 03/06/2024 às 15:42

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Desde 2010 até 2023, a Decradi, vinculada ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), já realizou mais de 2.600 atendimentos

Desde 2010 até 2023, a Decradi, vinculada ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), já realizou mais de 2.600 atendimentos | Divulgação/SSP

A Polícia Civil enfrenta grandes desafios com a subnotificação de crimes de gênero, racismo, intolerância religiosa e outros delitos de discriminação. Incentivar as denúncias é uma das principais missões da Delegacia de Repressão aos Crimes Raciais, Contra a Diversidade Sexual e de Gênero e outros Delitos de Intolerância (Decradi).

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Atendimentos e dificuldades

Desde 2010, a Decradi, ligada ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), atendeu mais de 2.600 casos desse tipo. No entanto, o medo de exposição e a falta de confiança na resolução dos casos dificultam as denúncias.

A delegada Ivalda Aleixo, diretora do DHPP, destaca o empenho em aumentar a visibilidade da Decradi. “As vítimas podem registrar ocorrências em outras delegacias, mas nossa especialização nos torna mais capacitados para lidar com esses casos. Esperamos que as pessoas confiem em nosso trabalho e nos procurem”, afirmou.

Conscientização

Para aumentar a conscientização, as equipes da Decradi realizam palestras em escolas e associações, explicando que comportamentos discriminatórios são crimes. Nessas apresentações, os agentes detalham o processo judicial, as possíveis penalidades e o impacto na vida das vítimas.

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Otimização das investigações

Uma das funções da Decradi é otimizar as investigações de crimes de discriminação, garantindo rapidez e melhor coleta de provas. Quando necessário, os policiais também auxiliam as vítimas no encaminhamento para serviços de atendimento psicológico.

Como denunciar

Para denúncias ou orientações, a vítima pode encaminhar mensagens para o e-mail [email protected] ou ligar para o telefone (11) 3311-3555. Caso prefira denunciar pessoalmente, a delegacia especializada está na rua Brigadeiro Tobias, 527, no terceiro andar, na região central de São Paulo.

A delegada do DHPP mencionou que o setor da Decradi está passando por adaptações para receber e acolher mais vítimas. No site da Secretaria da Segurança Pública (SSP), na parte de Delegacia Eletrônica, há uma aba para a Delegacia da Diversidade Online, onde também é possível fazer denúncias e acompanhar investigações.

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“Preferimos que a pessoa venha pessoalmente, mas caso ela sinta receio, porque sabemos que casos assim são extremamente delicados, ela pode fazer o registro de forma virtual. O importante é não deixar de denunciar”, frisou a delegada.

Grande São Paulo

A Decradi atua somente na capital paulista. No entanto, o decreto 65.960/2021 concedeu para as Divisões de Investigações Criminais (Deic), que também é uma especializada da Polícia Civil, a atribuição para apurar crimes de intolerância e preconceito no interior paulista.

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