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Cotidiano
Desde 2015, a estação meteorológica da USP já marcou 51 dias de calor extremo
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Como reflexo do aquecimento, os dias de calor intenso se tornaram mais frequentes a cada década na capital | Tânia Rêgo/Agência Brasil
Pesquisadores da Universidade de São Paulo, coletaram dados a respeito das mudanças de temperatura, que apontam que a média das máximas na capital paulista teve um crescimento de mais de 2°C nas últimas nove décadas.
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O estudo foi encomendado para a TV Globo, para a produção de série sobre o tema.
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Como reflexo do aquecimento, os dias de calor intenso se tornaram mais frequentes a cada década na capital.
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Entre 1935 e 1944, a cidade registrou apenas quatro dias com temperaturas maiores que 35°C.
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Esse número saltou para 18 no período entre 2005 e 2014. E desde 2015, a estação meteorológica da USP já marcou 51 dias de calorão. O texto conta com informações do G1.
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"Estamos num processo de mudanças climáticas em escala global, então nós temos ondas de calor muito mais intensas, chuvas e eventos climáticos mais extremos e estamos sofrendo uma somatória de efeitos", afirma Paulo Pellegrino, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, em entrevista ao G1.
Segundo o pesquisador, a capital precisa se adaptar para que seus habitantes tenham condições mínimas de conforto dentro do atual cenário climático da região. O mesmo é defendido pela engenheira Denise Duarte, também docente da FAU/USP.
"O calor é uma emergência silenciosa. A gente enxerga chuvas pesadas, deslizamentos, movimentos de massa, enxurradas, mas a gente não enxerga o calor. E ele mata. Isso tem que ser olhado no ir e vir das pessoas, na rotina diária delas, principalmente daquelas que estão mais expostas e são mais vulneráveis", diz a professora, em entrevista ao G1.
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Para Duarte, algumas medidas que podem ser adotadas são a instalação de pontos de água potável em toda a cidade, para que a população possa se manter hidratada ao longo de seu deslocamento, e áreas de sombra de boa qualidade, por meio de arborização e instalação de mobiliário urbano para que as pessoas se abriguem do sol.
*Texto sob supervisão de Diogo Mesquita
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