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Cotidiano
Declaração do ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, ocorreu durante a abertura da Rio Oil and Gas, feira que reúne empresas do setor no RJ
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Ministro do meio ambiente, Joaquim Leite. | Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Na mira das petroleiras que operam no país devido a grandes perspectivas de descobertas, a região da foz do Rio Amazonas pode ser explorada de forma sustentável, defendeu nesta segunda-feira (26) o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite.
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Ele participou da abertura da Rio Oil and Gas, feira que reúne empresas do setor no Rio de Janeiro. Travada por falta de licenças ambientais, a exploração de petróleo na foz do Amazonas foi um dos principais temas da cerimônia de abertura.
A região tem características semelhantes a grandes descobertas de petróleo já feitas na Guiana e no Suriname. No Brasil, porém, a dificuldade de licenciar poços levou a francesa Total a desistir da área e vender suas participações à Petrobras.
A Petrobras ainda aposta na região, disse nesta segunda o presidente da estatal, Caio Paes de Andrade, que gravou um vídeo para participar da abertura da feira. A estatal já tem planos para perfurar poços na área, mas ainda depende de aval dos órgãos ambientais.
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"Temos uma grande chance. Mas só vai se concretizar se pudermos, com responsabilidade social, extrairmos petróleo", reforçou o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, reclamando que os primeiros pedidos de licença foram feitos há 11 anos.
Em entrevista após a cerimônia, Leite disse que o Brasil segue rigorosas leis ambientais, mas afirmou acreditar que é possível chegar a um modelo de "exploração sustentável" da região. "Dá para explorar petróleo e garantir a proteção ambiental", afirmou.
Segundo projeções do IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás), o setor vai investir de US$ 183 bilhões (R$ 980 bilhões pela cotação atual) no Brasil pelos próximos dez anos. Esse valor geraria 500 mil postos de trabalho.
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A estimativa também foi divulgada na abertura da feira, a primeira edição presencial em quatro anos e ocorre em um cenário de maior questionamento sobre os impactos da atividade na emissão de gases do efeito estufa.
O setor defende que será importante no processo de transição energética e que pode produzir com menor intensidade de carbono. "A indústria do petróleo defende a transição mas com segurança para evitar a pobreza energética", disse o presidente do IBP, Roberto Ardenghy, em seu discurso de abertura.
Além da geração de empregos, disse Ardenghy, os investimentos na produção de petróleo devem gerar cerca de US$ 620 bilhões (R$ 3,3 trilhões) em arrecadação de impostos. Ele citou ainda os impactos na balança comercial: o setor é responsável por um superávit de US$ 6,5 bilhões (R$ 34 bilhões) por ano.
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Os representantes do governo que estiveram no evento aproveitaram para defender realizações do governo Jair Bolsonaro. Leite chamou de "time dos sonhos" o ministério montado pelo presidente e citou avanços em digitalização e desburocratização.
Sachsida falou sobre a queda dos preços dos combustíveis após aprovação pelo Congresso da lei que incluiu os produtos na lista de bens essenciais para cobrança do ICMS. "A medida é estrutural", afirmou.
"As pessoas estão vendo apenas a redução de custo da energia e dos combustíveis. Vários setores intensivos vão ganhar eficiência, as empresas pequenas terão custo reduzido", completou.
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