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Cotidiano
Apesar da forte alta, foi a classe D que experimentou o maior aumento dos preços durante o ano de 2020
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O custo de vida da camada mais pobre da região metropolitana de São Paulo registrou o dobro da alta para a população | /Fabrício Costa/Futura Press/Folhapress
O custo de vida da camada mais pobre da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) registrou o dobro da alta para a população mais rica em 2020, segundo pesquisa Custo de Vida por Classe Social (CVCS), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). De acordo com o levantamento, entre dezembro de 2019 e o mesmo mês de 2020, a alta da classe E foi de 6,54%, enquanto que a classe A registrou aumento de apenas 3,27%.
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Apesar da forte alta, foi a classe D que experimentou o maior aumento dos preços durante o período, equivalente a 6,76%. Em contrapartida, conforme se avança entre os estratos sociais, a tendência é de uma aumento menos acentuado: a classe C registrou +4,68% e a classe B, de +3,44%.
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Para a Federação, o movimento se deu, principalmente, por conta da inflação dos preços dos alimentos, uma vez que houve maior demanda por produtos alimentícios na pandemia da covid-19, já que as pessoas passaram a cozinhar ainda mais em casa. O índice foi quase duas vezes maior para os mais pobres: enquanto o preço registrou crescimento de 15,32% para a classe E, foi de apenas 8,85% para a classe A.
No acumulado do ano, a inflação nos alimentos ficou em 10,90% e o custo de vida a 4,44% mais caro na Grande São Paulo.
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As expectativas para 2021, no entanto, também são de um ano desafiador em relação aos preços. Além da lentidão da recuperação econômica, a continuação das restrições em meio à segunda onda da pandemia da covid-19 no Brasil também deve dificultar a instalação de um cenário positivo.
Outros grupos
A pesquisa mostrou que outros custos ligados à vida doméstica também encareceram em 2020. No período analisado, o grupo de artigos do lar teve alta de 9,45%, enquanto o custo da habitação (aluguel, contas de luz, água, etc) aumentou 4,84%.
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Seguindo a tendência observada, o aumento nos preços também foi sentido com mais intensidade pelas camadas com menos recursos: no caso dos itens domésticos, a classe E apresentou alta de 8,89% e a classe A aumento de 5,57%; na habitação, o custo subiu 5,45% para a classe E, mas não chegou a 4% (3,95%) para a classe A.
Varejo
Outras atividades varejistas na Grande São Paulo também tiveram altas significativas nos preços em 2020, conforme mostra o Índice de Preços no Varejo (IPV) da FecomercioSP. No acumulado do ano, a inflação dos preços do setor foi de 7%. O grupo mais inflacionado também foi o de alimentos e bebidas (18,02%), mas chamam atenção também os aumentos nos preços de artigos domésticos (10,1%).
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Em contrapartida, a inflação dos serviços foi bem menor. Durante o mesmo período, a alta foi de apenas 1,76%, com o maior aumento vindo da habitação, de 3,94%.
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