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Cotidiano
O caso aconteceu em área nobre da zona sul de São Paulo, em 2015 e ficou conhecido como 'Crime da Berrini'
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Eliana Freitas, condenada a 21 anos de prisão por mandar matar o marido, vai passar a cumprir a pena em regime semiaberto | Reprodução/Arquivo pessoal
A professora Eliana Freitas Areco Barreto, condenada a 21 anos de prisão por mandar matar o marido no caso que ficou conhecido como 'Crime da Berrini', vai passar a cumprir a pena em regime semiaberto. O caso aconteceu na área nobre da zona sul de São Paulo, em 2015.
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Na última sexta-feira (12) o juiz José Loureiro Sobrinho assinou a decisão. No documento, ele citou a comprovação de lapso temporal necessário e a boa conduta carcerária de Eliana. O juiz também apontou parecer favorável do Ministério Público de São Paulo (MP-SP).
Agora, a Penitenciária "Santa Maria Eufrásia Pelletier", a P1 Feminina de Tremembé, onde Eliana está presa, tem um prazo de até 15 dias para realocá-la para 'local adequado'.
O pedido da defesa da professora foi feito no fim de março. Na solicitação, os advogados dela se apoiam no artigo 112 da Lei de Execuções Penais.
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Esse artigo prevê que, em casos como o de Eliana, é necessário cumprir 40% da pena em regime fechado. Segundo a defesa da acusada, esse período se encerrou em 24 de março.
No início do mês, o exame criminológico, divulgado pelo g1, feito por Eliana foi anexado ao processo em que ela pedia a progressão ao regime semiaberto. O relatório apontava que ela apresenta um comportamento que condiz com as regras da instituição e não tem envolvimento em faltas disciplinares ou atitudes agressivas.
O exame apontou que a detenta tem inteligência acima da média, demonstrou amadurecimento e que assume sua responsabilidade pelo ocorrido. O documento ainda cita que ela atua como monitora de educação e que ela afirmou "que seu testemunho de vida pode auxiliar muitas reeducandas".
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O relatório da assistente social Daniele Couto de Oliveira apontou algumas características de Eliana. Veja:
Já o relatório psicológico, assinado por Monique Zacharia Chagas, cita que a condenada se arrepende de "ter se envolvido com a pessoa errada".
"No que se refere ao delito, refere arrependimento por ter se envolvido com a pessoa errada, assume sua responsabilidade frente ao ocorrido. Diz que embora não tenha cometido o ato, não fez nada para impedir que ocorresse", diz o relatório.
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Após o relatório, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), em documento assinado pelo promotor Silvio Brandini Barbagalo, emitiu parecer favorável à progressão de Eliana ao regime semiaberto.
A vítima, Luiz Eduardo, ex-esposo da acusada, foi morta a tiros na tarde do dia 1º de junho de 2015, quando voltava do almoço com um colega de trabalho.
O crime aconteceu na rua James Watt, uma travessa da avenida Luis Carlos Berrini, no Brooklin, área nobre da zona sul da capital paulista. O caso ficou conhecido como "crime da Berrini" em referência à avenida onde ocorreu.
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O Ministério Público acusou Eliana e seu amante, o inspetor de segurança Marcos Fábio Zeitunsian, de contratarem o pistoleiro Eliezer Aragão da Silva por R$ 5 mil para simular um assalto e matar a vítima.
Segundo a Promotoria, o casal de amantes Eliana e Marcos decidiu mandar matar Luiz Eduardo pois a mulher queria se separar do empresário.
A professora e o empresário moravam em Aparecida, no Vale do Paraíba. Após o crime, a vítima foi enterrada em Guaratinguetá.
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Inicialmente, Eliana foi condenada a 24 anos de prisão, por homicídio doloso triplamente qualificado, quando o motivo é imoral, é feito de maneira cruel e impossibilita defesa da vítima. O julgamento aconteceu em dezembro de 2020.
Em 2022, a Justiça acatou um pedido da defesa da professora e reduziu a pena para 21 anos, 4 meses e 15 dias de prisão.
*Texto sob supervisão de Diogo Mesquita
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