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Cotidiano

Cracolândias se multiplicam em SP e chegam a 150 pontos da cidade

Novos pontos de consumo de crack aparecem em diversas regiões da capital paulista

21/03/2022 às 16:15  atualizado em 21/03/2022 às 16:42

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Região da Cracolândia, em São Paulo

Região da Cracolândia, em São Paulo | Willian Moreira/Futura Press/Folhapress

O tráfico e o uso de drogas ilícitas ao ar livre parece apresentar uma tendência de decentralização na cidade de São Paulo. É o que mostra um levantamento que mapeou novos centros de consumo de crack no município. Segundo o estudo, 150 pontos da cidade têm concentrado usuários de crack e outras drogas em 18 bairros da cidade.

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Os locais variam de tamanho e lembram a Cracolândia que fica na região central da cidade. Nas regiões apontadas, o fluxo de pessoas em situação de vulnerabilidade impressiona.

De acordo com o mapeamento divulgado pela "Rádio Bandeirantes", as regiões de concentração de uso de crack se expandiram para as periferias nos últimos anos, mas o centro da cidade continua abrigando a maior delas.

O levantamento aponta que desde 2015 o número de minicracolândias registradas cresceu 581%. Há novos pontos similares em Cidade Tiradentes, São Miguel, Itaquera, Cachoeirinha, Brasilândia, Capão Redondo, Campo Limpo, Vila Leopoldina, Santa Cecília, Santa Ifigênia, Sé, entre outros distritos. 

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A prefeitura de São Paulo infirmou que pelo menos 650 dependentes químicos ainda circulam pela Rua Helvétia e arredores todos os dias, na Cracolândia que fica no bairro da Luz. 

Prefeitura cria ações para ajudar usuários

Como parte dos esforços para ajudar as pessoas em situação de vulnerabilidade nas cracolândias, a prefeitura de São Paulo criou iniciativas como o Programa Redenção. O grande número de pessoas que faz uso de drogas no bairro da Luz, na região central, é um dos principais alvos do programa.

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“O Redenção encara um dos principais desafios da Prefeitura: a concentração de pessoas em uso abusivo de drogas nas ruas da região da Luz. Trata-se de problema antigo, com práticas estabelecidas há muitos anos e com uma complexidade grande, que engloba não apenas questões de saúde, mas também sociais, urbanísticas, econômicas e de segurança, entre outras”, avalia Alexis Vargas, secretário executivo de Projetos Estratégicos da Secretaria municipal de Governo Municipal. 

Vargas destaca que o Redenção envolve diversas secretarias e órgãos municipais como Assistência e Desenvolvimento Social, Saúde, Direitos Humanos e Cidadania, Cultura e Segurança Urbana, além de Subprefeituras, Habitação, Companhia de Habitação Popular (Cohab) que trabalham intensamente com órgãos estaduais.

Acolhimento

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Entre as principais diretrizes do Redenção estão o acolhimento dos dependentes químicos em situação de vulnerabilidade e a oferta de tratamento, seja por redução de danos ou por abstinência, levando-se em consideração a individualidade e nível da autonomia de cada usuário. Para complementar o trabalho, em 2019 foi criado o Serviço Integrado de Acolhida Terapêutica - SIAT, com ações integradas de saúde, assistência e reintegração social. 

Mais informações sobre o Programa Redenção podem ser obtidas neste site.

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