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Cotidiano

CPMI quebra sigilo da deputada Carla Zambelli e outros

Parlamentares querem saber sobre movimentações financeiras de Carla Zambelli, ex-ajudantes de Ordens de Bolsonaro e reconvocam Mauro Cid

25/08/2023 às 10:21  atualizado em 25/08/2023 às 14:31

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Da dir. para a esq., a relatora, Eliziane, Arthur Maia, Dos Reis e seu advogado

Da dir. para a esq., a relatora, Eliziane, Arthur Maia, Dos Reis e seu advogado | Odjair Baena/Gazeta de S. Paulo

Em sessão bastante tumultuada, a Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas de 8/1 aprovou uma série de requerimentos que deixou a oposição ainda mais desconfortável. Além de quebrar o sigilo telefônico de vários ex-assessores do ex-presidente, Jair Bolsonaro, os requerimentos na última quarta-feira (23) quebraram também o sigilo bancário da deputada Carla Zambelli (PL-SP).

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A vasculha de Zambelli se justifica pelo relacionamento da parlamentar com Walter Delgatti Neto, o hacker de Araraquara. A CPMI quer saber se, de fato, a deputada pagou R$ 40 mil para que o hacker levantasse suspeitas no sistema eleitoral brasileiro. Delgatti fez várias declarações na comissão, e na Polícia Federal, que motivaram a relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), a pedir as quebras.

“Carla Zambelli teria negociado com este [Delgatti], inclusive ofertando-lhe dinheiro em espécie, para que invadisse as urnas eletrônicas e realizasse invasões de dispositivos informáticos, com o fim de questionar a validade do sistema eleitoral brasileiro", justificou Eliziane na sessão anterior.

Bate-bocas e mais requerimentos

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A sessão, em que a pauta principal era a oitiva do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, sargento Luís Marcos dos Reis, foi tumultuada do início ao fim. Ou melhor, desde antes do início, quando a deputada Laura Carneiro (PSD-RJ) e o deputado Marcos Feliciano (PSL-SP) protagonizaram o primeiro desgaste. 

A carioca se irritou porque o paulista ordenou que ela ficasse “quietinha”, e Laura se voltou com tudo para Feliciano, afirmando não admitir a postura. O pastor ironizou. A reunião ainda nem tinha sido aberta oficialmente, os parlamentares estavam se acomodando.

O sargento Dos Reis foi convocado pela movimentação financeira atípica dele com a família Bolsonaro, e também de alta monta. O militar também compareceu aos atos golpistas de 8 de janeiro. “Se a senhora perguntar se eu me arrependi, me arrependo”, disse o sargento para relatora sobre ter ido a Esplanada no dia da invasão dos prédios-sede dos três Poderes. 

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Dos Reis negou movimentações com Bolsonaro, admitindo ter pago apenas um boleto da escola da filha de Jair e Michelle. “Eu nunca vi cartão corporativo”, afirmou. Sobre os volumes, diz ele terem sido oriundos de aposentadoria e pagamentos de licença a prêmio. Mas não convenceu.

Outros embates que chamaram a atenção envolveram Feliciano mais uma vez. Como o que ele teve com Eliziane, que o chamou de “abjeto e misógino”. E completou: “o tratamento que o senhor dá às mulheres nessa Casa é surreal. O senhor não merece ser chamado de pastor, porque pastor não é carregado de ódio”, acrescentou a senadora.

Outro que entrou para os holofotes dos bate-bocas foi o deputado Abílio Brunini (PL-MT). É que ao longo da reunião o parlamentar utilizou as mãos para fazer um gesto reconhecido como ligado a movimentos supremacistas e neonazistas americanos e de outros países. 

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Brunini negou, mas não se livrou de uma senhora bronca do presidente da Comissão, deputado Arthur Maia (União-BA). “Eu só queria pedir mais três minutos de fala para o colega, nem sei o que é isso”, declarou o matogrossense. Mas a discussão se estendeu até a segunda etapa da reunião, no período da tarde, pelos corredores do Senado.

Sobre os demais requerimentos, destaque para o que aprovou a reconvocação do tenente-coronel Mauro Cid. Deputados e senadores acham que o principal assessor do ex-presidente tem muito mais a falar do que não falou na primeira oitiva. Em outra Comissão, a Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Cid compareceu mais uma vez fardado.

O resultado das Comissões, apesar de considerado pela opinião pública como não muito palpável, tem causado desgaste não só para os militares, que inclusive levou o ministro da Defesa, José Múcio (PTB), a passar a semana buscando blindagem no Executivo. Outra parte bastante desgastada com as revelações das investigações é a oposição, que foi quem mais brigou pela realização da CPMI.

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Com colaboração da Agência Senado

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