A+

A-

Alternar Contraste

Sábado, 23 Novembro 2024

Buscar no Site

x

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp
Home Seta

Cotidiano

CPMI quebra sigilo da deputada Carla Zambelli e outros

Parlamentares querem saber sobre movimentações financeiras de Carla Zambelli, ex-ajudantes de Ordens de Bolsonaro e reconvocam Mauro Cid

25/08/2023 às 10:21  atualizado em 25/08/2023 às 14:31

Continua depois da publicidade

Compartilhe:

Facebook Twitter WhatsApp Telegram
Da dir. para a esq., a relatora, Eliziane, Arthur Maia, Dos Reis e seu advogado

Da dir. para a esq., a relatora, Eliziane, Arthur Maia, Dos Reis e seu advogado | Odjair Baena/Gazeta de S. Paulo

Em sessão bastante tumultuada, a Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas de 8/1 aprovou uma série de requerimentos que deixou a oposição ainda mais desconfortável. Além de quebrar o sigilo telefônico de vários ex-assessores do ex-presidente, Jair Bolsonaro, os requerimentos na última quarta-feira (23) quebraram também o sigilo bancário da deputada Carla Zambelli (PL-SP).

Continua depois da publicidade

A vasculha de Zambelli se justifica pelo relacionamento da parlamentar com Walter Delgatti Neto, o hacker de Araraquara. A CPMI quer saber se, de fato, a deputada pagou R$ 40 mil para que o hacker levantasse suspeitas no sistema eleitoral brasileiro. Delgatti fez várias declarações na comissão, e na Polícia Federal, que motivaram a relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), a pedir as quebras.

“Carla Zambelli teria negociado com este [Delgatti], inclusive ofertando-lhe dinheiro em espécie, para que invadisse as urnas eletrônicas e realizasse invasões de dispositivos informáticos, com o fim de questionar a validade do sistema eleitoral brasileiro", justificou Eliziane na sessão anterior.

Bate-bocas e mais requerimentos

Continua depois da publicidade

A sessão, em que a pauta principal era a oitiva do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, sargento Luís Marcos dos Reis, foi tumultuada do início ao fim. Ou melhor, desde antes do início, quando a deputada Laura Carneiro (PSD-RJ) e o deputado Marcos Feliciano (PSL-SP) protagonizaram o primeiro desgaste. 

A carioca se irritou porque o paulista ordenou que ela ficasse “quietinha”, e Laura se voltou com tudo para Feliciano, afirmando não admitir a postura. O pastor ironizou. A reunião ainda nem tinha sido aberta oficialmente, os parlamentares estavam se acomodando.

O sargento Dos Reis foi convocado pela movimentação financeira atípica dele com a família Bolsonaro, e também de alta monta. O militar também compareceu aos atos golpistas de 8 de janeiro. “Se a senhora perguntar se eu me arrependi, me arrependo”, disse o sargento para relatora sobre ter ido a Esplanada no dia da invasão dos prédios-sede dos três Poderes. 

Continua depois da publicidade

Dos Reis negou movimentações com Bolsonaro, admitindo ter pago apenas um boleto da escola da filha de Jair e Michelle. “Eu nunca vi cartão corporativo”, afirmou. Sobre os volumes, diz ele terem sido oriundos de aposentadoria e pagamentos de licença a prêmio. Mas não convenceu.

Outros embates que chamaram a atenção envolveram Feliciano mais uma vez. Como o que ele teve com Eliziane, que o chamou de “abjeto e misógino”. E completou: “o tratamento que o senhor dá às mulheres nessa Casa é surreal. O senhor não merece ser chamado de pastor, porque pastor não é carregado de ódio”, acrescentou a senadora.

Outro que entrou para os holofotes dos bate-bocas foi o deputado Abílio Brunini (PL-MT). É que ao longo da reunião o parlamentar utilizou as mãos para fazer um gesto reconhecido como ligado a movimentos supremacistas e neonazistas americanos e de outros países. 

Continua depois da publicidade

Brunini negou, mas não se livrou de uma senhora bronca do presidente da Comissão, deputado Arthur Maia (União-BA). “Eu só queria pedir mais três minutos de fala para o colega, nem sei o que é isso”, declarou o matogrossense. Mas a discussão se estendeu até a segunda etapa da reunião, no período da tarde, pelos corredores do Senado.

Sobre os demais requerimentos, destaque para o que aprovou a reconvocação do tenente-coronel Mauro Cid. Deputados e senadores acham que o principal assessor do ex-presidente tem muito mais a falar do que não falou na primeira oitiva. Em outra Comissão, a Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Cid compareceu mais uma vez fardado.

O resultado das Comissões, apesar de considerado pela opinião pública como não muito palpável, tem causado desgaste não só para os militares, que inclusive levou o ministro da Defesa, José Múcio (PTB), a passar a semana buscando blindagem no Executivo. Outra parte bastante desgastada com as revelações das investigações é a oposição, que foi quem mais brigou pela realização da CPMI.

Continua depois da publicidade

Com colaboração da Agência Senado

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Conteúdos Recomendados