A+

A-

Alternar Contraste

Quinta, 19 Setembro 2024

Buscar no Site

x

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp
Home Seta

Cotidiano

CPI da violência contra pessoas trans chega ao fim na Câmara de SP

CPI presidida pela vereadora Erika Hilton promove uma série de recomendações para o poder público e as redes sociais

Bruno Hoffmann

19/08/2022 às 13:54  atualizado em 19/08/2022 às 14:24

Continua depois da publicidade

Compartilhe:

Facebook Twitter WhatsApp Telegram
Parada do Orgulho LGBT+, em São Paulo

Parada do Orgulho LGBT+, em São Paulo | Facebook/Parada do Orgulho LGBT de São Paulo - APOGLBT

Nesta sexta-feira chegou ao fim a CPI que investigou a violência contra pessoas trans e travestis na cidade de São Paulo. Presidida pela vereadora Erika Hilton (PSOL) e instalada em setembro de 2021, o relatório final promove uma série de recomendações para minimizar a violência contra esse público, como garantir a gratuidade na geração de documentos a trans e travestis e desenvolver meio eficazes de controle de conteúdo discriminatório nas redes sociais, como Facebook e Twitter.

Continua depois da publicidade

O relatório fual possui cerca de 300 páginas, com o mapeamento de todas as possibilidades de violência que vitimam pessoas trans na cidade, seja física, emocional, social ou de empregabilidade. O documento também traz quase 200 recomendações a dezenas de instituições públicas e privadas, que variam desde a Prefeitura de São Paulo e órgão das esferas federal e estadual, até as plataformas digitais mantidas pela Google, Meta e Twitter.

O último encontro da CPI contou com a presença de todos os membros da Comissão: Presidente Erika Hilton (PSOL), Vice-Presidente Eduardo Suplicy (PT), a relatora Cris Monteiro (NOVO), além dos demais membros Xexéu Tripoli (PSDB), Sílvia da Bancada Feminista (PSOL), Elaine do Quilombo Periférico (PSOL) e Juliana Cardoso (PT).

São destaques das recomendações do relatório da CPI:

Continua depois da publicidade

  • Instituir formação de servidores públicos que atendem pessoas trans e travestis em diferentes áreas do serviço público (educação, assistência social e segurança pública);
  • Garantir a gratuidade na geração de documentos às pessoas trans e travestis interessadas em promoverem a retificação de nome e gênero nos assentos de nascimento, que é o principal obstáculo à garantia do direito ao uso pelo grupo;
  • Desenvolver meios eficazes de controle de conteúdo discriminatório no ambiente de redes sociais;
  • Criar ouvidorias para formalização de denúncias de violência policial praticada contra pessoas trans e travestis; e
  • Fazer cumprir a regra que obriga as repartições da cidade a terem uma placa de respeito ao uso do nome social por pessoas trans e travestis.

    A área que recebeu a maior quantidade de recomendações foi a saúde. Ao todo, foram 40 recomendações às autoridades de saúde (Secretaria Municipal, Estadual, Ministério da Saúde e Conselho Federal de Medicina), indicando melhorias na prestação do serviço, com os seguintes destaques:

  • Fiscalizar a gestão da distribuição de hormônios utilizados pelas pessoas trans e travestis que participam do processo transexualizador, nas farmácias e ambulatórios de saúde da cidade;
  • Ampliar a rede de centros cirúrgicos com competência para realizar cirurgias reparadoras para retirada de silicone líquido industrial; e
  • Garantir livre acesso a pessoas transmasculinas ao tratamento em serviços de ginecologia e obstetrícia ofertados pela rede municipal de saúde.

A CPI da Transfobia também pretende enviar informações ao Ministério Público de São Paulo para abertura de inquéritos sobre casos individuais de transfobia.

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Conteúdos Recomendados