A+

A-

Alternar Contraste

Sábado, 23 Novembro 2024

Buscar no Site

x

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp
Home Seta

Cotidiano

CPI: advogado nega ser o sócio oculto de empresa envolvida em polêmica da Covaxin

Em depoimento, Marcos Tolentino disse que já teve negócios, mas não tem ligação com facilitadora da Precisa Medicamentos

Gustavo Cavalcante

14/09/2021 às 15:45

Continua depois da publicidade

Compartilhe:

Facebook Twitter WhatsApp Telegram
Advogado e empresário Marcos Tolentino prestou depoimento nesta terça-feira à CPI da Covid

Advogado e empresário Marcos Tolentino prestou depoimento nesta terça-feira à CPI da Covid | / Edilson Rodrigues/Agência Senado

O advogado e empresário Marcos Tolentino negou nesta quarta-feira (14) em depoimento à CPI que tenha sociedade com o FIB Bank - empresa que ofereceu a garantia para a Precisa Medicamentos à venda da vacina indiana Covaxin.

Continua depois da publicidade

"Não possuo qualquer participação na sociedade, não sou sócio da empresa", afirmou Tolentino, que prestou juramente de dizer a verdade antes de sua fala e compareceu para a oitiva acompanhado de médicos, por se recuperar de sequelas da Covid-19.

O advogado comentou que, no passado, foi sócio de Ederson Benetti, já falecido. Em seguida, prestou serviços advocatícios ao seu filho, Ricardo Benetti, e para as empresas que administra. Uma delas, a Pico do Juazeiro, é acionista do FIB Bank, que deu a garantia para a vacina Covaxin.

Tolentino afirmou ainda que essa prestação de serviços justifica a proximidade de seu escritório e da empresa. Ambas estão localizadas em um mesmo prédio comercial, como informado nos cartões das empresas.

Continua depois da publicidade

O advogado também negou ter participado da intermediação de negócios da Precisa Medicamentos. Disse que estava durante esse período internado, em estado grave, infectado pela Covid-19.

"Me encontrava internado na UTI no Sírio Libanês, em razão de severo quadro de Covid-19. Fui entubado", disse.

Ele ainda negou ter participado de jantar com representantes da empresa e com a participação do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

Continua depois da publicidade

ENCONTROS COM BOLSONARO

Durante seu depoimento,  Marcos Tolentino afirmou  que de fato conhece o presidente Jair Bolsonaro, mas que não possui vínculos de amizade.

"Conheço o presidente, desde o período em que era deputado federal, mas não possuo nenhuma amizade pessoal ou qualquer outro tipo de relacionamento", disse. "Estive com ele em alguns encontros, meramente casuais", complementou.

Continua depois da publicidade

Sobre a relação com o líder do governo na Câmara, o deputado Ricardo Barros (PP-PR), Tolentino falou que o conhece há muitos anos, mas que mantém apenas uma relação de amizade e respeito. Ele ainda se desculpou e disse que não se tratava de provocação o fato de ter acompanhado Barros em seu depoimento à CPI da Covid, em agosto.

Sobre os filhos do presidente, disse que conhece Flávio e Eduardo Bolsonaro de "eventos políticos e sociais". E completou que não conhece o caçula, Jair Renan Bolsonaro, sem mencionar o vereador, Carlos Bolsonaro.

FIB BANK

Continua depois da publicidade

O advogado Marcos Tolentino afirmou que se desligou há 12 anos da empresa acionista do FIB Bank, investigada por ter dado garantia para o negócio envolvendo a compra da vacina Covaxin. No entanto, disse que dessa empresa que mantinha sociedade "derivaram muitos negócios" e que por isso ainda mantém negócios em comum com o grupo.

Tolentino falou que era sócio de Ederson Benetti, que já é falecido. Disse que se tornou sócio de Benetti na empresa Benetti Prestadora de Serviços, de Curitiba, mas que se desligou há mais de uma década.

"Dessa empresa da qual eu fazia parte, derivaram muitos negócios, direitos, bens, outras empresas, algumas que têm inclusive o nome Benetti como parte de sua razão social. E, mesmo com o falecimento do doutor Ederson Benetti, em um acordo com seu filho e herdeiro, Ricardo Benetti, algumas dessas empresas permaneceram de minha propriedade e outras foram a ele transferidas, a fim de fazer jus a seus direitos hereditários", afirmou em seu depoimento.

Continua depois da publicidade

"Ocorre que, como citado na imprensa, a empresa citada no início dessa explicação foi transferida, empresa essa que sob sua propriedade constitui outra empresa chamada Pico do Juazeiro, que, posteriormente, no ano de 2016, tornou-se sócia da empresa FIB Bens e Garantias Fidejussórias", completou.

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Conteúdos Recomendados