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Cotidiano

CPI: Advogada citou parceria da Prevent com o 'gabinete paralelo' para estudo com cloroquina

A advogada citou o 'gabinete paralelo', estrutura de aconselhamento do presidente Jair Bolsonaro para temas ligados à pandemia

28/09/2021 às 13:40  atualizado em 28/09/2021 às 13:41

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Bolsonaro tomando cloroquina

Bolsonaro tomando cloroquina | Reprodução/Facebook

A advogada Bruna Morato no seu depoimento à CPI da Covid, afirmou que o Prevent Senior buscou aproximação com a estrutura de aconselhamento de Jair Bolsonaro, conhecida como 'gabinete paralelo', onde são discutidos temas ligados à pandemia, fora do Ministério da Saúde.

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Bruna Morato afirmou que seus clientes relataram que havia uma preocupação da diretoria executiva da Prevent Senior de se aproximar do Ministério da Saúde, para contornar as críticas que vinham sendo feitas pelo então ministro Luiz Henrique Mandetta.

"Durante essa aproximação, ele buscou o apoio, parece que tinha um médico, que era primo ou sobrinho do ministro Mandetta. Essa aproximação não teria dado certo", afirmou.

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Os executivos da operadora então tentaram contato através de um "conjunto de assessores" que estariam auxiliando o presidente Jair Bolsonaro. Nesse contato, relataram os clientes da advogada, também foi informado que havia interesse do Ministério da Economia.

Ela citou no depoimento os nomes dos médicos negacionistas Anthony Wong, Nise Yamaguchi e Paolo Zanotto.

"Segundo informações, o doutor Pedro foi informado que existia um conjunto de médicos assessorando o governo federal e que esse conjunto de médicos estaria totalmente alinhado com interesses do ministério da Economia. O que eles [clientes] me explicaram foi o seguinte: existia um interesse do Ministério da Economia para que o país não pare. Se nós entrarmos nesse sistema de lockdown, nós teríamos um abalo econômico muito grande. Existia um plano para que as pessoas pudessem sair às ruas sem medo", afirmou.

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A advogada disse que, em reunião na operadora, foi dito que existiria uma colaboração em relação à instituição na produção de informações que conversassem com a vontade do governo que fazer com que as pessoas saíssem na rua, durante a pandemia, para manter a economia ativa.

"Para isso, seria necessário usar determinado tratamento como proteção para que as pessoas se sentissem seguras, que mais tarde foi chamado de tratamento precoce", completou.

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