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Cotidiano

Covid faz UPA virar hospital de campanha no interior de SP e litoral reativar testagem

O uso de máscaras voltou a ser fortemente recomendado em São José do Rio Preto e em Ribeirão Preto

29/11/2022 às 11:13  atualizado em 29/11/2022 às 11:20

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Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Carlos Lourenço que voltou a funcionar como hospital de campanha em Campinas

Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Carlos Lourenço que voltou a funcionar como hospital de campanha em Campinas | Prefeitura Municipal de Campinas

A nova onda de Covid pôs cidades do interior e do litoral de São Paulo em alerta. Crianças e adultos sem o quadro vacinal completo são a principal preocupação. 

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Em Campinas, a UPA (Unidade de Atendimento) Carlos Lourenço passou a funcionar nesta sexta-feira (25) como hospital de campanha. Em Santos, desde a última quarta (23) foi reativado o centro de testagem no ginásio da Portuguesa Santista. 

Em São José do Rio Preto e em Ribeirão Preto, o uso de máscaras em locais fechados ou de aglomeração voltou a ser fortemente recomendado pelas prefeituras.

O governo estadual e a Prefeitura de São Paulo vão retomar a obrigatoriedade do uso de máscara no transporte público a partir deste sábado (26), por causa da alta no número de casos da Covid-19. A gestão Rodrigo Garcia (PSDB) recomenda que a medida seja adotada por todos os municípios paulistas. 

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O governo disse que, além da alta já instalada na capital, "observa-se a interiorização, com crescimento de novas internações e ocupação de leitos de UTI nas regiões do interior e litoral paulista" e que é crescente o número de profissionais de saúde se afastando do trabalho devido à doença. 

A UPA de Campinas terá 23 leitos exclusivos para Covid, sendo 18 deles de enfermaria, dois de isolamento e três com suporte respiratório para urgência. 

A cidade registrou um aumento de casos leves de Covid neste mês. De 30 de outubro a 5 de novembro, foram registrados 434 casos da doença na cidade, mas na semana seguinte, de 6 a 12 de novembro, já haviam 799 positivos (uma alta de 84%). 

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A volta da unidade como hospital de campanha é uma medida preventiva, para poder garantir leitos de enfermaria caso a tendência de aumento de internações se mantenha. 

Andréa von Zuben, diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) de Campinas, alerta para o fato de que a Covid não deve mais desaparecer e é preciso estar atento aos efeitos do surgimento de novas variantes e subvariantes. 

"Estamos vivendo uma nova onda, com aumento grande do número de casos. A maioria leves, porém o que contribui é estar vacinado e com esquema completo para não ser internado. E sempre vai ter aquele 1% que vai ficar mais grave", afirma Von Zuben. 

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Quem tem mais de 60 anos ou comorbidades como diabetes e problemas do coração, por exemplo, tem o risco aumentado de ter um quadro mais problemático e deve se proteger com o uso de máscara. Pessoas doentes também devem utilizar a proteção no rosto para não expor outras pessoas ao risco. 

"Crianças estão adoecendo por Covid, 50% das internações são infantis, e isso tem a ver com as baixas coberturas vacinais. Se tem vacina, vacine seu filho", completa Von Zuben. 

Em Campinas, além da baixa adesão às doses de reforço da vacina contra a Covid, foram considerados para a retomada do hospital o aumento de número de exames com resultado positivo para a doença e o de casos sintomáticos respiratórios na rede pública. 

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Outro fator foram as internações de adultos e crianças com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em hospitais públicos e privados. 

Cerca de 75% dos internados no município são pessoas que não tomaram a dose de reforço da vacina. Nesta semana, a taxa de transmissibilidade do vírus (Rt) ultrapassou o número um na cidade -cada indivíduo infectado com o vírus pode infectar mais de uma pessoa. 

São Paulo e Campinas adotaram as medidas com base nos relatórios de seus conselhos científicos de acompanhamento e enfrentamento dos casos de Covid. 

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O governo estadual destacou que "é fundamental que a população esteja com o ciclo vacinal completo" e que "a única forma de amenizar os efeitos do vírus é garantir a imunização com as doses que estão disponíveis em todos os postos de saúde do Estado". 

Em Santos, a prefeitura disse que o centro de testagem foi reaberto para ampliar o acesso a testes rápidos.
No primeiro dia de funcionamento, em apenas seis horas, 483 pessoas realizaram o teste e 160 tiveram resultado positivo confirmado, o que significa 1 em cada 3 sintomáticos que procuraram o espaço. O serviço funciona das 8h às 14h. 

"Nas últimas semanas o Estado de São Paulo tem apresentado aumento expressivo na transmissão do Sars-Cov-2, que se reflete principalmente nos indicadores de internações", diz a nota publicada na última terça (23) pelo estado. 

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A velocidade dessa alta (5% ao dia para pacientes em UTI e 7% por dia para pacientes em enfermarias) e taxas de ocupação de leitos de UTI (44% no estado de São Paulo e 59% na região metropolitana de São Paulo) começam a pressionar os sistemas de saúde público e privado.

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