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Cotidiano

Covereadora diz que foi xingada de ‘macaca’ e ‘suja’ em padaria de SP

O caso ocorreu na padaria Palma de Ouro, no centro, depois que a covereadora tentou defender uma mulher que, segundo ela, estava sendo constrangida

01/10/2021 às 17:27  atualizado em 01/10/2021 às 17:29

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Ao ser levado à delegacia, o agressor afirmou não se lembrar do que disse à vítima

Ao ser levado à delegacia, o agressor afirmou não se lembrar do que disse à vítima | Reprodução/Redes sociais

A covereadora do PSOL, Paula Nunes, declarou que foi vítima de racismo nesta quinta-feira (30) em uma padaria no Centro de São Paulo. Paula faz parte da Bancada Feminista do partido na Câmara Municipal.

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O caso ocorreu na padaria Palma de Ouro, que fica em frente à Câmara, segundo a covereadora. O local é muito frequentado por funcionários da Câmara.

Tudo aconteceu porque Paula tentou defender uma mulher que, de acordo com a vereadora, estava passando por uma situação constrangedora enquanto um homem gritava com ela na presença de três crianças e os demais presentes na padaria. As informações são do G1.

“Ele levantou e começou a quebrar o telefone dela no banco. Eu disse então que não iria permitir que ele a agredisse. Daí, ele se voltou contra mim e gritou que eu era uma 'preta', 'macaca', 'suja', e que ela era mulher dele, e eu estava me metendo onde não devia”, afirmou.

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O homem ficou ainda mais exaltado depois que a moça que o acompanhava se dirigiu até a mesa dela. O homem a seguiu e continuou repetindo os insultos de injúria racial. Com isso, os funcionários da padaria e frequentadores decidiram imobilizá-lo e chamaram a Polícia Militar.

Macaque in the trees
Nas redes sociais, Paula narrou o episódio vivido - Reprodução/Instagram

O agressor foi levado ao 78º Distrito Policial dos Jardins, na região central, onde a ocorrência foi registrada. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o suspeito, de 23 anos, alegou que não se lembrava do que tinha falado para a covereadora e que apenas pediu para ela não se envolver na conversa. 

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“A vítima foi ouvida e no momento do registro não manifestou desejo de representar criminal contra o autor. Ela foi orientada quanto ao prazo de até seis meses para realizar a representação. O caso foi registrado como injúria racial”, confirmou a SSP.

Em publicação nas redes sociais, a covereadora desabafou sobre o caso e disse que é preciso denunciar esses ataques. 

“Está doendo ainda, mas vim contar para vocês sobre a violência racista que sofri hoje ao defender uma mulher que estava sendo vítima de violência doméstica. Falar sobre a violência racista que sofremos todos os dias é importante para sabermos que nenhuma pessoa negra está livre disso e que não nos calaremos mais. Preta, suja, macaca, mas covereadora feminista negra que não vai fingir que não viu uma violência machista acontecendo na sua frente e não vai se furtar de defender uma mulher sempre que puder”, disse.

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“As diversas formas de violência racista são parte dessa manifestação, seja ela física, seja ela verbal. E é por isso que é tão importante a nossa luta, apesar de viver situações dolorosas todos os dias. (...) A gente precisa falar sobre isso para reforçar que, infelizmente, a violência racista ainda assola o nosso povo todos os dias”, completou Paula. 

A Padaria Palma de Ouro afirmou, por meio de um dos seus gerentes, Walter de Souza, que a loja não é condescendente com posturas discriminatórias de qualquer natureza.

Violência contra mulheres cresce no Estado de SP

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Segundo um levantamento realizado pelo Instituto Sou da Paz, as agressões e os homicídios contra mulheres cresceram no primeiro semestre deste ano no estado de São Paulo.  

O número de agressões subiu 5,4% a mais no estado, comparado a janeiro e junho de 2020. Já os feminicídios tiveram uma alta de 2,6%, no primeiro semestre de 2020 tiveram 196 homicídios e feminicídios, já neste ano tiveram 201.

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