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Cotidiano
Vereador foi denunciado à Corregedoria após fala racista em maio de 2022 durante reunião de uma CPI; julgamento será em 24 de agosto
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Camilo Cristófaro | Reprodução Facebook
A Corregedoria da Câmara Municipal de São Paulo marcou para o dia 24 de agosto a reunião para discutir e votar o relatório final do processo contra o vereador Camilo Cristófaro (Avante).
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O vereador foi denunciado à Corregedoria após ter feito uma fala racista em maio de 2022 durante a reunião de uma CPI na Casa. Ele foi flagrado pelo sistema de som do plenário da Câmara dizendo "não lavar a calçada é coisa de preto, né?". Cristófaro também é réu na justiça pelo ato desde novembro do ano passado, quando foi aceita a denúncia do Ministério Público de São Paulo.
Nesta quarta-feira (28), o corregedor-geral, vereador Rubinho Nunes (União Brasil), enviou um memorando convocando os membros da Corregedoria para a reunião do dia 24 de agosto.
"O processo referente ao vereador Camilo ficou parado por mais de um ano na Corregedoria. É importante trazermos uma resposta rápida e que, ao mesmo tempo, garanta o devido processo legal e ampla defesa", afirmou Rubinho Nunes.
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"Com a realização da oitiva de testemunhas, a instrução probatória foi encerrada. A sessão de julgamento foi agendada na primeira data possível e acredito que no mesmo dia tenhamos uma decisão", disse o corregedor-geral.
O relatório que será votado em 24 de agosto será apresentado pelo relator, o vereador Marlon Luz (MDB). Em caso de condenação, que pode chegar à cassação do mandato, o caso também terá de ser votado em plenário pelos 55 vereadores.
Negou mas voltou atrás
Após ser acusado de fazer a fala preconceituosa, primeiro Cristófaro negou o ato, mas depois admitiu que realmente fez a fala de cunho racista.
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Em nota, disse que precisava “passar por uma desconstrução desses preconceitos”. O parlamentar também afirmou que “apesar de ter tido uma fala racista” ele “não é racista em suas atitudes”.
Em maio deste ano, Cristófaro voltou a ser acusado de racismo, desta vez pelo colega George Hato (MDB). O emedebista afirmou que Cristófaro disse em voz alta "vou dar um cacete nesse japonês" ao se encontrar com ele no prédio. O vereador do Avante nega. Os dois se desentendem há anos.
"Me sinto ameaçado por esse vereador, por esse psicopata, que precisa realmente ter uma punição exemplar", disse Hato, repetindo diversas vezes que o colega é racista e perigoso.
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O vereador do PSB teve ainda o nome envolvido em outros episódios semelhantes desde o início de seu primeiro mandato. Em 2019, ele chamou o vereador Fernando Holiday (Novo) de “macaco de auditório” e, em 2017, foi acusado pela então vereador Isa Penna (PSOL) de ter a chamado de “vagabunda”.
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