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Cotidiano
A perícia nos restos mortais do indigenista e do jornalista foi concluída nesta última quarta-feira (22), segundo a Polícia Federal
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Indigenista Bruno Pereira e jornalista Dom Phillips | Reprodução
O avião com os corpos de Bruno Pereira e Dom Phillips decolou do Aeroporto de Brasília por volta das 14h desta quinta-feira (23). A perícia nos restos mortais do indigenista e do jornalista foi concluída na quarta-feira (22), segundo a Polícia Federal (PF).
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O corpo de Bruno tem Pernambuco como destino final. O velório está marcado para amanhã (24), às 9h, no município de Paulista, na região metropolitana de Recife. A cremação está marcada para as 15h. O jornalista Dom Phillips será velado em Niterói, no Rio de Janeiro. O funeral e a cremação do britânico estão marcados para domingo (26), a partir das 9h.
Mesmo com a liberação dos corpos, os trabalhos de perícia continuam no Instituto Nacional de Criminalística, concentrados na análise de vestígios diversos.
Dom Phillips, que era colaborador do jornal britânico The Guardian, e Bruno Pereira, servidor licenciado da Funai, foram vistos pela última vez na manhã do dia 5 de junho, na região da reserva indígena do Vale do Javari, a segunda maior do país, com mais de 8,5 milhões de hectares.
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Os dois foram mortos por pescadores ilegais quando passavam de barco pela reserva. Bruno Pereira foi morto com dois tiros na região abdominal e torácica e um na cabeça. Dom Phillips levou um tiro no abdômen/tórax. A munição usada no assassinato foi típica de caça.
Três dos suspeitos estão presos e cinco foram identificados por terem participado da ocultação dos cadáveres. Os presos são Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado, Jefferson da Silva Lima e Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos. Até o momento, apenas Amarildo confessou o crime.
O indigenista denunciava ameaças sofridas na região, informação confirmada pela PF, que abriu procedimento investigativo sobre a denúncia. Bruno Pereira estava atuando como colaborador da Univaja, uma entidade mantida pelos próprios indígenas da região, que tinha como foco impedir invasão da reserva por pescadores, caçadores e narcotraficantes.
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