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Cotidiano

Copom 'esticou a corda' em decisão sobre juros, diz Tebet

Na última quarta-feira, o Banco Central, na reunião do Comitê de Política Monetária, decidiu manter a Selic em 13,75%

Maria Eduarda Guimarães

27/03/2023 às 15:58  atualizado em 27/03/2023 às 16:12

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ebet fez questão de afirmar que "o combate à inflação é prioritário" também para o governo

ebet fez questão de afirmar que "o combate à inflação é prioritário" também para o governo | Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, criticou o tom do comunicado emitido pelo Copom após a reunião encerrada na semana passada.

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Na última quarta-feira (22), o Banco Central, na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), decidiu manter a Selic em 13,75%. Essa é a taxa básica de juros do Brasil, e o governo Lula tem pressionado o BC para que ela seja reduzida.Após a decisão, o Copom emitiu um comunicado indicando que, inclusive, pode subir a taxa de juros no futuro. Para analistas, o comunicado sinaliza que o BC adotou postura de confronto com o governo federal.

Para a ministra do Planejamento, Simone Tebet, o comunicado tem viés político, que precisa ser levado em conta. "Terminaram mandando um recado errado para a equipe econômica", explicou ela. "Não precisavam esticar a corda como esticaram. O comunicado do Copom saiu com tom errado", disse em evento da consultoria Arkos, em São Paulo, nesta segunda (27).

No comunicado, o BC argumentou que os juros foram mantidos em 13,75% por causa da inflação. Tebet fez questão de afirmar que "o combate à inflação é prioritário" também para o governo.

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Isso ficará claro com o anúncio das novas regras de gastos públicos, o chamado "arcabouço fiscal". Segundo Gabriel Galípolo, secretário do ministério da Fazenda, a nova regra fiscal está "muito próxima de ser anunciada".

"O arcabouço fiscal é fácil de ser entendido, não é só economista que vai entender".

A ministra acredita que a aprovação da nova rega fiscal no Congresso será rápida. A expectativa, diz Tebet, é de que as novas regras de gastos do governo ajudem a zerar o déficit público em 2024.

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As declarações foram feitas nesta segunda-feira (27) durante seminário organizado pela Arkos, empresa de inteligência política. O evento acontece nos Jardins, zona oeste de São Paulo, e conta com a participação de outros ministros, como Alexandre Padilha e Renan Filho.

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