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Cotidiano

Conta de luz ficará mais cara para todo o Brasil em setembro

É a primeira vez que medida é acionada desde agosto de 2021; medida ocorre devido à previsão de poucas chuvas

Leonardo Sandre

31/08/2024 às 17:00  atualizado em 31/08/2024 às 17:31

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 Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou, na noite desta sexta-feira (30/8), bandeira vermelha para o mês de setembro

Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou, na noite desta sexta-feira (30/8), bandeira vermelha para o mês de setembro | rawpixel.com/Freepik

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, na noite desta sexta-feira (30/8), bandeira vermelha para o mês de setembro. A bandeira tarifária será patamar 2, que equivale a um acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

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É a primeira vez que ocorrerá este acionamento desde agosto de 2021. O motivo da medida, segundo a agência, é a previsão de chuvas em um nível menor da média para setembro, resultando em expectativa de afluência nos reservatórios das hidrelétricas do País (em cerca de 50% abaixo da média).

Uma sequência de bandeira verde, iniciada em abril de 2022, colocava a conta de luz mais barata para os brasileiros. Ação foi mantida por mais de dois anos por conta do volume de chuvas e geração de energia renovável no País.

A sequência foi interrompida em julho deste ano, quando foi anunciada a bandeira amarela, já por conta das previsões de chuva abaixo da média até o fim do ano.

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Ainda com o volume abaixo de precipitação confirmado em julho, a bandeira verde retornou em agosto, por conta do alto volume de chuva na região sul, conforme a Aneel.

Por que a bandeira vermelha voltou a ser acionada?

A escassez de chuvas, somada ao mês com temperaturas superiores à média histórica em todo o Brasil, faz com que as termelétricas - com energia mais cara que hidrelétricas - passem a operar mais. “Os fatores que acionaram a bandeira vermelha patamar 2 foram o GSF (risco hidrológico) e o aumento do PLD (Preço de Liquidação de Diferenças)”, diz o texto da agência.

Já ocorria um monitoramento na piora das condições de geração de energia. No mês de julho, havia sido notada com uma frequência maior a redução da disponibilidade de hidrelétricas para atendimento da carga nos períodos próximos às 18h. Em julho, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) pediu para as termelétricas ficarem de prontidão.

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O ONS afirmou que não existe risco de desabastecimento de energia no Brasil, mas reforçou a necessidade de medidas para assegurar o atendimento ao horário de pico do início da noite, quando usinas solares e eólicas perdem potência.

A agência reforçou que a mudança na bandeira tarifária aumenta a importância da vigilância quanto ao uso responsável da energia elétrica. A orientação é para utilizar a energia conscientemente e evitar desperdícios que prejudicam o meio ambiente e afetam a sustentabilidade do setor elétrico.

Sistema de bandeiras

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel em 2015 para indicar, aos consumidores, os custos da geração de energia no Brasil.

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É o reflexo do custo variável da produção de energia, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, bem como o acionamento de fontes de geração mais caras como as termelétricas.

  • A bandeira verde indica não haver custo extra;
  • Amarela, que as condições de geração não são tão favoráveis;
  • Vermelha, que as condições de geração têm um custo mais elevado.

A Aneel argumenta que, com o uso das bandeiras, é possível que o consumidor tenha um papel mais ativo na definição de sua conta de energia. Ao saber do valor adicional antes do início do mês, ele pode adaptar seu consumo para reduzir o valor da conta.

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