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Irmã Dulce será canonizada neste domingo (13), em cerimônia chefiada pelo papa Francisco, no Vaticano, após ter dois milagres reconhecidos pela Igreja Católica; ela será a 1ª santa brasileira | /OSID
O processo da causa de canonização da religiosa baiana Maria Rita Lopes Pontes, a Irmã Dulce (1914-1992), foi iniciado em janeiro de 2000 e seu primeiro milagre foi validado pela Santa Sé em 2003, pelo então papa João Paulo 2º.
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O milagre reconhecido teria acontecido na cidade de Itabaiana, em Sergipe, quando as orações à religiosa teriam feito cessar uma hemorragia em Claudia Cristina dos Santos, que padeceu durante 18 horas após dar à luz ao seu segundo filho.
Em abril de 2009, o então papa Bento 16 concedeu o título de Venerável à freira baiana, que se tornou a "Bem-aventurada Dulce dos Pobres". Ela foi beatificada dois anos depois em uma cerimônia religiosa que reuniu 70 mil pessoas em Salvador.
Já a cura instantânea da cegueira de um homem de cerca de 50 anos foi o milagre ratificado pelo Vaticano para a canonização da religiosa baiana.
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Irmã Dulce será canonizada neste domingo (13), em cerimônia chefiada pelo papa Francisco, no Vaticano, após ter dois milagres reconhecidos pela Igreja Católica. Ela será a primeira santa brasileira.
MILAGRES.
O primeiro milagre atribuído à Irmã Dulce foi a sobrevivência de uma parturiente desenganada pelos médicos, após religiosos e fieis orarem para que a religiosa baiana intercedesse pela vida
da paciente.
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Segundo os registros usados no processo de beatificação, a mulher foi identificada como a sergipana Cláudia Cristiane dos Santos, que deu à luz ao segundo filho em 11 de janeiro de 2001.
O parto ocorreu no Hospital Maternidade São José, em Itabaiana (SE). O local era dirigido por freiras da mesma congregação de Irmã Dulce e não tinha UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Logo após o parto, dizem dois relatórios de médicos que participaram do procedimento, Cláudia apresentou um quadro gravíssimo de hemorragia. Nos relatórios, os médicos afirmam que as possibilidades de tratamento se esgotaram ao longo das 28 horas em que a paciente foi submetida a três cirurgias.
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Cláudia, contudo, sobreviveu.
Pela versão apresentada e que sustentou a beatificação pelo Vaticano, a mudança no quadro ocorreu porque o padre José Almi de Menezes rogou a Irmã Dulce, de quem era devoto, o salvamento da paciente.
Ele pediu que uma imagem da religiosa fosse levada à maternidade. Durante as orações, a hemorragia parou -o que, na associação feita pelos religiosos, se constituiu como o milagre reconhecido pelo Vaticano.
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No processo de investigação, o caso foi analisado por dez médicos brasileiros e seis italianos, e nenhum deles encontrou uma explicação científica para a sobrevivência e a recuperação tão rápida da paciente sergipana.
O segundo milagre reconhecido pelo Vaticano e que levou à canonização pelo papa Francisco é a cura instantânea da cegueira de um homem de cerca de 50 anos.
O paciente, que não teve o nome divulgado, conviveu com a cegueira durante 14 anos e voltou a enxergar de forma permanente desde 2014.
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A cura teria acontecido em um dia em que este paciente estava com uma conjuntivite e com dores agudas nos olhos e clamou por Irmã Dulce por uma solução. No dia seguinte, ele teria voltado a enxergar.
"Não tinha explicação. Era um paciente que estava cego e que de um dia para o outro volta a enxergar, sem explicação", afirma Sandro Barral, médico das Obras Sociais Irmã Dulce e que foi perito inicial da causa.
O paciente -que antes de ficar cego trabalhava na área de informática- caminhava com a ajuda de uma guia e tinha acabado de receber um cão-guia que havia sido treinado exclusivamente para acompanhá-lo no dia a dia. Antes de ser encaminhado para Roma, o caso foi analisado por oftalmologistas de Salvador e de São Paulo, que examinaram pessoalmente o paciente e não encontraram explicação para a cura.
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"Tem uma coisa que é ainda mais espetacular: os exames dele são de um paciente cego. Porque tem lesões pelas quais o paciente não deve enxergar. E ele enxerga", afirmou Sandro Barral.
O milagre foi avaliado por uma comissão de médicos em Roma, que também não encontrou explicação científica para o acontecimento. Na sequência, o caso foi analisado por uma comissão de teólogos e depois por uma comissão de cardeais.
(FP)
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