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Cotidiano
Familiares e moradores da comunidade do Morro São Bento acompanharam o funeral, que saiu do velório na Santa Casa de Santos
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Corpo da criança foi recebido com fogos de artifício e balões brancos,no cemitério da Areia Branca, em Santos | Allison Sales/Folhapress
O enterro de Ryan da Silva Andrade Santos, de 4 anos, na manhã desta quinta-feira (7/11), foi marcado por choro, revolta e muita comoção, no cemitério da Areia Branca, em Santos, no litoral de São Paulo. A criança foi atingida e morta após confronto policial.
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Familiares e moradores da comunidade do Morro São Bento acompanharam o funeral, que saiu do velório na Santa Casa de Santos. A família da vítima enfrentou dificuldade para velar Ryan, nesta quarta (6/11). Isso porque em Santos não há velório social.
Na manhã desta quinta, no cemitério, o corpo foi recebido com fogos de artifício e balões brancos. A mãe de Ryan, Beatriz da Silva Rosa, estava inconsolável e precisou ser levada em uma cadeira de rodas.
Ryan foi atingido por uma bala perdida durante troca de tiros entre polícia e suspeitos, enquanto brincava em uma calçada perto de casa, na terça-feira (5/11), entre as ruas São Sérgio e São Fernando, no Morro São Bento.
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Dois adolescentes, de 17 e 15 anos, que seriam suspeitos, também foram atingidos durante a troca de tiros. O mais velho morreu e o outro foi socorrido sob escolta policial.
O pai dele, Leonel Andrade dos Santos, também foi atingido por ‘bala perdida’, em fevereiro deste ano, na polêmica Operação Verão, deflagrada pelo Governo de São Paulo.
No dia do crime, segundo a polícia, os suspeitos correram para um ponto de tráfico de drogas e, durante as buscas, os agentes disseram que ao se aproximar dos suspeitos, eles começaram a atirar e, por isso, revidaram e solicitaram apoio.
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O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado para o local da ocorrência, onde foram informados que a criança baleada já tinha sido levada para a Santa Casa de Santos.
O suspeito, de 17 anos, foi socorrido e levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da zona noroeste, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
O coronel Emerson Massera, porta-voz da Polícia Militar (PM) de São Paulo, durante entrevista coletiva no Comando Geral da PM, nesta quarta-feira (6/11), informou que o tiro que atingiu e matou Ryan saiu provavelmente da arma de um policial.
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