Entre em nosso grupo
2
Cotidiano
Proposta melhora segurança em casos com medida protetiva; em São Paulo, o estado registrou no ano passado o maior número de casos de feminicídio desde 2018
Continua depois da publicidade
Em São Paulo, desde o ano passado, os agressores de mulheres podem ser monitorados com o uso de tornozeleira eletrônica ininterruptamente | Divulgação/Governo de SP
Na tarde desta terça-feira (14), a Comissão de Segurança Pública (CSP) aprovou um projeto de lei que adiciona o monitoramento eletrônico às medidas protetivas de urgência em casos de violência doméstica e familiar contra mulheres.
Continua depois da publicidade
Siga a Gazeta nas redes sociais e mantenha-se bem informado!
O texto, que modifica a Lei Maria da Penha (11.340/2006), possibilita que a mulher vítima de violência possa acionar imediatamente a polícia através de um dispositivo eletrônico em situações de ameaça.
O PL 2.748/2021, originado na Câmara dos Deputados e com relatório favorável do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), será agora analisado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Em um contexto relacionado, São Paulo registrou no último ano o maior número de casos de feminicídio desde 2018.
Continua depois da publicidade
Siga as notícias da Gazeta de S.Paulo no Google Notícias
O relator do projeto, senador Flávio Bolsonaro, destacou que a proposta visa proporcionar maior rapidez e segurança nos procedimentos de proteção às mulheres vítimas de violência, que frequentemente se encontram em situação de vulnerabilidade.
“Ocorre que a imposição de medidas cautelares de natureza pessoal, nos termos do Código de Processo Penal, tem procedimento específico e mais moroso, o que pode colocar em risco as mulheres que são vítimas de violência doméstica e familiar”, argumentou Flávio Bolsonaro em seu relatório.
Continua depois da publicidade
O estado de São Paulo registrou um aumento nos casos de feminicídio no ano passado, atingindo o maior número desde 2018, quando esses crimes começaram a ser contabilizados separadamente pela Secretaria da Segurança Pública (SSP).
Confira os dados de feminicídios no estado de SP por ano abaixo:
No último sábado (11), um caso brutal chocou os moradores do estado de São Paulo. Yasmin Santos de Queiroz, de 25 anos, e seu pai, o funcionário público Francisco Xavier Marques de Queiroz, de 60, foram mortos a tiros em casa na cidade de Miracatu, no Vale do Ribeira, interior de São Paulo.
Continua depois da publicidade
O principal suspeito de cometer os assassinatos é o ex-namorado de Yasmin, identificado como João Carlos de Oliveira, de 29 anos. Yasmin tinha uma medida protetiva contra o ex-namorado.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o caso foi registrado na Delegacia de Miracatu como feminicídio, violência doméstica e homicídio.
No estado de São Paulo, março deste ano registrou 23 feminicídios, um aumento de cinco casos em comparação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado do trimestre, o aumento foi de 16 casos. O monitoramento dos dados é fundamental para entender a dinâmica e a cultura da violência e, assim, estabelecer projetos eficazes de proteção às vítimas de violência doméstica e familiar.
Continua depois da publicidade
Segundo Adriana Liporoni, coordenadora das Delegacias de Defesa da Mulher, denunciar é uma das medidas mais eficazes para reduzir os índices de feminicídios, embora muitos casos ainda não sejam relatados devido ao medo das vítimas.“É um silêncio que mata. Às vezes, a mulher tem medo de morrer se denunciar, mas só denunciando que conseguimos saber que existe um problema ali e agir", diz.
A delegada também mencionou que várias medidas de proteção estão sendo implementadas para garantir a segurança física e social das mulheres, incluindo o monitoramento contínuo de agressores com tornozeleiras eletrônicas. Em São Paulo, desde o ano passado, os agressores de mulheres podem ser monitorados com o uso de tornozeleira eletrônica ininterruptamente. Desde a implementação deste sistema, 22 homens foram presos por violarem as restrições impostas.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade