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Cotidiano

Com mensalidade de R$ 15 mil, Avenues São Paulo é vendida para grupo britânico

Informação foi confirmada aos pais dos alunos em um comunicado enviado nesta terça-feira (10)

Gabriel Fernandes

12/10/2023 às 07:00

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São 85 unidades da escola Avenues, que atendem mais de 80 mil alunos em 33 países

São 85 unidades da escola Avenues, que atendem mais de 80 mil alunos em 33 países | Instagram/Reprodução

A unidade de São Paulo da Avenues, escola que cobra cerca de R$ 15 mil de mensalidade, foi vendida para o grupo britânico Nord Anglia Education. 

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A informação foi confirmada aos pais dos alunos em um comunicado enviado nesta terça-feira (10) e divulgada inicialmente pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.

O valor da operação não foi divulgado. A unidade de Nova York da Avenues, a primeira a ser inagurada, também passará para o grupo britânico.

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De acordo com o comunicado, assinado por Jeff Clark, presidente da Avenues, a Nordia Anglia é a maior organização de escolas internacionais do mundo. São, ao todo, 85 unidades que atendem mais de 80 mil alunos em 33 países.

O presidente da Avenues afirmou que a venda foi realizada porque "os obstáculos enfrentados nos últimos três anos, causados pela Covid e por mudanças nos mercados financeiros", dificultaram os planos da escola de ser um rede global com vários campi.

O comunicado cita que o grupo Nordia Anglia tem 30 escolas internacionais no continente americano e que, nas últimas duas décadas, mais de 60 escolas de elite foram compradas, entre o Collège Alpin Beau Soleil, instituição tradicional da Suíça, e o Oxford International College, a escola particular mais bem avaliada da Inglaterra.

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No comunicado, Clark diz aos pais que a venda não mudará a rotina na escola e que será mantido no atual ano letivo o programa de intercâmbio que conecta os estudantes das quatro unidades da Avenues -Nova York, Vale do Silício (EUA), São Paulo e Shenzhen (China)-, além daqueles matriculadas em ensino a distância, chamado de Campus Online.

Será formado um grupo de gestores para fazer a transição da Avenues Nova York e da São Paulo para o Nord Anglia. As outras unidades não foram vendidas, mas o comunicado abre espaço para que elas também sejam negociadas no futuro.

"No momento, estamos avaliando opções estratégicas para os Campus Online, Shenzhen e Vale do Silício a partir de 2024-25, incluindo continuar operando como escolas independentes e fechar uma parceria com um parceiro financeiro ou estratégico."

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A Avenues São Paulo funciona desde 2018, quando foi inaugurada em um prédio de 40 mil m2 no bairro do Morumbi (zona oeste da capital), com investimento de mais de US$ 50 milhões. Atualmente há 1.200 estudantes matriculados.

A escola faz testes de admissão para novos alunos. Há verificação do histórico escolar, prova de conhecimentos gerais e de inglês, além de entrevista com o estudante e com a família para verificar o grau de afinidade com "os valores da escola". Inglês é a língua oficial na Avenues, e apenas temas relacionados ao Brasil são ensinados em português.

Em 2021, a Avenues São Paulo se envolveu em uma polêmica ao tentar lançar, conforme a Folha de S.Paulo revelou, um ensino 100% online para alunos a partir do 4º ano do fundamental, com mensalidade de R$ 10 mil.

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O projeto vinha na esteira do fechamento das escolas na pandemia. A Avenues, no entanto, recebeu ofício do Conselho Estadual de Educação exigindo esclarecimentos e reiterando que o ensino presencial é obrigatório na educação básica no Brasil.

Um outra controvérsia se deu no ano passado, quando Sonia Guajajara, do PSOL, então pré-candidata a deputada federal e atualmente ministra dos Povos Indígenas, deu uma palestra na Avenues São Paulo.

Ao falar de reforma agrária, ela foi criticada por um estudante, que disse: "Desculpe eu te falar isso. Isso é roubo de propriedade privada. Por favor, melhore". O aluno, por sua vez foi reprendido, em público, pelo professor que a havia convidado: "Quando você entender o que é ser uma pessoa desse tamanho, vai se lembrar desse dia com muita vergonha."

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A Avenues São Paulo foi a segunda do grupo. A primeira, de Nova York, é de 2012.

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