Com Lia de Itamaracá como tema, Nenê de Vila Matilde se prepara para Carnaval de 2024

Com o samba-enredo 'Cirandando a Vida de Lá e pra Cá! Sou Lia, Sou Nenê, Sou de Itamaracá', em homenagem a Lia de Itamaracá, a Nenê de Vila Matilde se prepara para o Carnaval paulista de 2024. Marcado para 11 de fevereiro (domingo), o desfile da escola de samba será o terceiro pelo grupo de Acesso I. Animado para o espetáculo, o carnavalesco Fábio Gouveia contou sobre os bastidores do barracão da agremiação.

"Ao circular pelos bastidores do barracão da Nenê, percebo como esse ambiente eleva os sentimentos e a essência criativa de inúmeros artistas que contribuem para a construção de mais um trabalho", relatou Fábio.

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A Nenê de Vila Matilde é uma das escolas de samba mais tradicionais de São Paulo e contabiliza 11 títulos no Grupo Especial, além de três conquistas no Grupo de Acesso, nos anos de 2010, 2012 e 2022.

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O caranavalesco também comentou sobre honra de fazer parte do processo de produção da agremiação. "É crucial tornar-me um espelho, refletindo-me naqueles que deixaram sua marca na história do carnaval. Orgulho de sonhar e testemunhar a concretização de cada aspecto de forma pura e madura".

Sobre a meta para este desfile, Fábio Gouveia revelou: "Para o Carnaval de 2024, nossos pensamentos estão voltados para as discussões realizadas em nossa LigaSP, refletimos sobre como nosso avaliador pode nos julgar e como a escola pode surpreender, seja pelo conjunto da obra ou pela excelência singular. Buscamos uma criação que vá além do visual, causando um impacto profundo que transcenda o público".

"A excelência é a chave para o sucesso, e é nesse patamar que almejamos estar com nosso enredo sobre Lia de Itamaracá", finalizou ele. 

Lia de Itamaracá

Considerada a mais célebre cirandeira do Brasil, Maria Madalena Correia do Nascimento, conhecida como Lia de Itamaracá, é uma dançarina, compositora e cantora de ciranda brasileira. 

Nascida na Ilha de Itamaracá, em Pernambudo, a artista começou a participar de rodas de ciranda ainda criança. No entanto, ficou conhecida por Lia nos anos 1960, depois que Teca Calazans, incorporando versos cantados pela cirandeira, acrescentou: "Esta ciranda quem me deu foi Lia, que mora na Ilha de Itamaracá". 

Lia gravou seu primeiro disco em 1977, intitulado A rainha da ciranda. Em 2019, participou do filme Bacurau, de Kleber Mendonça Filho. Seu álbum Ciranda Sem Fim foi eleito um dos 25 melhores álbuns brasileiros do segundo semestre daquele mesmo ano pela Associação Paulista de Críticos de Arte.