A+

A-

Alternar Contraste

Segunda, 28 Abril 2025

Buscar no Site

x

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp
Home Seta

Cotidiano

Com afundamento e alerta de risco, Expresso Tiradentes, em SP, será reformado

Problemas estruturais no decorrer dos anos vêm se agravando, conforme edital de concessão

22/06/2022 às 14:50  atualizado em 22/06/2022 às 14:55

Continua depois da publicidade

Compartilhe:

Facebook Twitter WhatsApp Telegram
Expresso Tiradentes

Expresso Tiradentes | Prefeitura de SP

A SPTrans, estatal que controla o transporte público municipal na cidade de São Paulo, abriu licitação para contratar uma empresa para desenvolver estudos de obras estruturais no Expresso Tiradentes, corredor de ônibus sobre pistas e viadutos, desde o centro até um terminal na zona leste (Vila Prudente) e outro na zona sul (Sacomã).

Continua depois da publicidade


Segundo edital, publicado na última quinta-feira (16) no Diário Oficial da Cidade de São Paulo, no trecho entre a estação Metrô Pedro 2º e o complexo viário Evaristo Comolatti está ocorrendo afundamento do pavimento, problema que no decorrer dos anos vem se agravando, conforme o documento.


O edital diz ainda que pela complexidade dos serviços, que exigem elevado grau de conhecimento técnico e em função da necessidade de solução, "é imprescindível que os serviços sejam executados o mais rápido possível, devido a constantes riscos a que estão sendo submetidos os usuários do corredor".


Em nota, a SPTrans afirma que o termo de referência publicado na quinta-feira foi redigido de forma equivocada "já que deveria indicar que a contratação se justifica para evitar riscos no futuro". A empresa pede desculpas à população e afirma que o documento será corrigido.

Continua depois da publicidade


O edital continua com o mesmo alerta no site da empresa. A SPTrans, entretanto, publicou no Diário Oficial desta terça (21) uma alteração para colocar a palavra futuro no texto sobre os riscos.


"Não há riscos aos passageiros. Como o próprio edital diz, em suas justificativas, a empresa que for contratada deverá realizar levantamento da situação do local para averiguação dos eventuais problemas existentes", afirma a estatal.


Questionada, a SPTrans não informou a estimativa do valor a ser gasto com o projeto.

Continua depois da publicidade


Segundo o documento, de quase 100 páginas, cerca de 80 metros do pavimento no sentido centro foram refeitos. "Mas, tendo em vista o agravamento das condições do pavimento do entrono, muros e contenções e demais componentes estruturais presentes no corredor, requer que ações sejam tomadas para evitar-se acidentes, visto que o local é de grande circulação de ônibus", diz.


O edital ainda afirma que pela avenida do Estado, nas proximidades da margem esquerda do rio Tamanduateí, estão situadas varias redes de drenagem e de diversas concessionárias, dentre as principais, um emissário de esgotos e uma linha de alta tensão, "das quais se desconhece as profundidades e situação de integridade das respectivas estruturas".


De acordo com o documento, o eixo sudeste do Expresso Tiradentes, que liga o centro ao terminal Sacomã, tem uma extensão aproximada de 9,7 km. Os ônibus, que rodam a uma velocidade média de 47,6 km/h e transportam em média 93 mil passageiros em dias úteis.

Continua depois da publicidade


A SPTrans diz que o edital além da realização dos estudos, a empresa contratada também irá realizar obras para dar maior durabilidade ao pavimento, prolongando sua vida útil.


Segundo a estatal, a empresa contratada terá seis meses para apresentar um cronograma de desenvolvimento dos serviços. Os envelopes com as propostas serão abertos em 23 de agosto.


HISTÓRICO

Continua depois da publicidade


Esta não é a primeira vez que há o registro de afundamento no Expresso Tiradentes. Em fevereiro de 2018, um trecho de aproximadamente 300 metros -entre a rua Dona Ana Néri e o Terminal Parque Dom Pedro 2º, no sentido centro- afundou 20 centímetros e precisou ser interditado.


O primeiro trecho do antigo Fura-Fila, como o expresso foi chamado no início, acabou entregue em 1998, ainda em período de testes, durante o governo de Celso Pitta (1997-2000).


Tecnicamente, especialistas classificam o Fura-Fila como o único BRT (sigla em inglês para sistema rápido de ônibus) paulistano, modelo que fica entre um corredor de ônibus comum e um metrô, em sua qualidade de serviço e capacidade de passageiros.

Continua depois da publicidade


Em 1996, ao fim da gestão de Paulo Maluf (PP), a prefeitura estudava uma nova rede que pudesse transportar mais pessoas do que um sistema de ônibus comum e começou a saga da obra, que foi passando pelas mãos de quatro prefeitos.


Marta Suplicy (2001 a 2005) então no PT, chegou a chamar o empreendimento de desgraceira, devido ao alto custo e à baixa efetividade para sanar o caos no transporte público.


O projeto trocou de nome duas vezes e foi inaugurado da forma como está agora em 2007, na gestão Gilberto Kassab (então do DEM), como Expresso Tiradentes. Ao todo, o projeto consumiu R$ 1,2 bilhão.

Continua depois da publicidade


No projeto inicial, constava uso de trólebus biarticulados, mas ônibus comuns, a diesel, é que rodam no corredor.


Em 2006, a gestão Kassab prometeu que o Fura-Fila chegaria a Cidade Tiradentes. Mas, em 2009, a ideia foi cancelada, já que o Metrô anunciou o monotrilho da linha 15-prata, que percorreria o mesmo trajeto.


Atualmente, o expresso conta com três terminais, seis estações e uma parada.

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Conteúdos Recomendados