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Cotidiano

Clínica clandestina forçava pacientes a trabalhar em troca de cigarro

Dona da clínica de reabilitação onde o paciente Jarmo Celestino de Santana, de 55 anos, foi torturado e morto, já foi denunciada por exercício ilegal da profissão

Natália Brito

11/07/2024 às 15:00

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Paciente Jarmo Celestino de Santana foi torturado e morto em clínica de reabilitação em Cotia

Paciente Jarmo Celestino de Santana foi torturado e morto em clínica de reabilitação em Cotia | Reprodução

A dona da clínica de reabilitação onde o paciente Jarmo Celestino de Santana, de 55 anos, foi torturado e morto, já foi denunciada por exercício ilegal da profissão e por colocar em risco a vida de quatro adolescentes. Segundo a Prefeitura de Cotia, na Grande São Paulo, a clínica onde o crime aconteceu era clandestina.

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O dependente químico morreu na última sexta-feira (5/7), e as imagens do crime, que circulam nas redes sociais, foram gravadas pelo suspeito, Matheus de Camargo Pinto, de 24 anos, que era funcionário do local.

Além da dona, um enfermeiro também investigado pela tortura do paciente, já tinha sido denunciado por exercício ilegal da profissão. 

Segundo investigações da Polícia Civil, em 2019, a dona da clínica Terezinha de Cássia de Souza Lopes da Conceição, 50 anos, e o enfermeiro Cleber Fabiano da Silva, 48, administravam outra clínica de reabilitação clandestina em Cotia, mesma cidade em que Jarmo foi torturado.

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De acordo com o Ministério Público de São Paulo (MPSP), nessa outra unidade ilegal administrada por ambos, jovens internados para tratar dependência química eram obrigados a trabalhar em uma obra em troca de doces e cigarros.

Trabalho em troca de cigarro

Segundo denúncia do MPSP, a proprietária e o enfermeiro deixaram quatro adolescentes expostos a risco de saúde e de vida, com idades entre 16 e 17 anos, que estavam internados na clínica ilegal.

No documento, o promotor Ricardo Navarro Soares Cabral afirma que ambos obrigavam os jovens a trabalhar como serventes de pedreiro, em uma obra em frente à clínica, em troca de doces e cigarros.

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Tortura gravada 

O vídeo que circula nas redes sociais mostra o paciente com as mãos amarradas para trás, preso a uma cadeira. Ainda nas imagens aparecem ao menos quatro homens rindo da situação.

O paciente torturado foi levado para um posto de saúde em Vargem Grande do Sul, cidade vizinha de Cotia. A equipe médica confirmou a morte dele em seguida.

Uma equipe da Vigilância Sanitária esteve no endereço nesta terça-feira (9), interditou o local e atestou que a clínica particular não tem nenhum tipo de autorização para funcionamento.

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A defesa dos donos da clínica informa, no entanto, que, segundo os proprietários, o estabelecimento não é clandestino, está regularizado e tem autorização para funcionar.

 

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