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Cotidiano

Cirurgião vai a juri popular por deixar plantão para ver jogo de futebol no interior de SP

Ele é acusado da morte de Noah Palermo, de 5 anos; Se for condenado, poderá pegar uma pena de 12 a 30 anos de prisão

Yasmin Gomes

03/06/2024 às 17:42

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Em 4 de junho, Noah Palermo, de 5 anos, foi internado na Santa Casa com febre e foi atendido pelo Doutor Luciano Barboza Sampaio

Em 4 de junho, Noah Palermo, de 5 anos, foi internado na Santa Casa com febre e foi atendido pelo Doutor Luciano Barboza Sampaio | Reprodução/EPTV

Hoje (3), no Fórum de São Carlos, interior de São Paulo, o cirurgião pediátrico Luciano Barboza Sampaio vai a júri popular. Ele é acusado da morte de Noah Alexandre Palermo, de 5 anos, por sair da cidade onde estava de plantão para assistir a jogo da seleção de futebol às vésperas da Copa de 2014.

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Após ser adiada, a audiência começou às 9h. O réu é acusado de homicídio qualificado. Segundo o inquérito policial, ele assumiu o risco da morte da criança e deixou de prestar atendimento quando o garoto teve complicações.

A defesa da família conseguiu provas de que o médico estaria assistindo a um jogo da seleção de futebol em São Paulo. Uma foto do réu na partida foi anexada ao processo.

Entenda o caso

Em 4 de junho, Noah Palermo, de 5 anos, foi internado na Santa Casa com febre e foi atendido pelo Doutor Luciano Barboza Sampaio. Um dia depois, o médico fez uma operação para retirada do apêndice.

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No dia seguinte à cirurgia, o menino acordou com fortes dores abdominais e foi tratado como algo normal pelo médico, que receitou remédio para gases.

Sampaio estava em plantão à distância, uma modalidade remunerada em que o médico fica fora do hospital, mas deve ficar de sobreaviso, à disposição em caso de necessidade. Segundo os pais da criança, ele foi contatado por telefone, mas não respondeu.

Outro pediatra foi até a Santa Casa e determinou que Noah fosse transferido para o UTI. O estado de saúde do garoto foi piorando até que ele teve uma parada cardiorrespiratória, morrendo na UTI do hospital em 7 de junho.

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As investigações mostraram que Sampaio não estava em São Carlos e havia viajado para São Paulo.

O julgamento

O júri popular foi definido após o Ministério Público questionar a decisão de absolvição do réu no primeiro julgamento, em 2018.

Hoje devem ser ouvidas oito testemunhas, cinco de defesa e três de acusação. A primeira a ser ouvida foi o perito do caso.

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O advogado de defesa, Eduardo Burihan disse, na entrada do Fórum, que o Conselho de Medicina não estabelece a distância para a plantão remoto.

Se for condenado, Sampaio poderá pegar uma pena de 12 a 30 anos de prisão.

Condenado pelo Cremesp

Luciano foi condenado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e teve a suspensão do exercício profissional por 30 dias.

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Segundo o órgão, o médico se precipitou ao realizar a cirurgia de apendicite em Noah, já que o quadro clínico não era compatível com o procedimento. E que errou ao ignorar as ligações das enfermeiras do hospital e também de um médico da Santa Casa.

*Texto sob supervisão de Diogo Mesquita 

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