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Cotidiano
Ministro-chefe da Casa Civil afirmou a troca já era esperada, para que a estatal tenha uma política alinhada ao Ministério de Minas e Energia
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Ciro Nogueira | MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
O ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, disse nesta terça-feira (24) que o novo presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, tem autonomia para fazer mudanças que julgar necessárias em diretorias da estatal.
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Em entrevista ao SBT, ele disse ainda que a troca já era esperada, para que a Petrobras tenha uma política alinhada ao Ministério de Minas e Energia, que diz viver "novo momento".
"É uma decisão do novo presidente [trocar diretorias]. Não é decisão minha. Mas acho que ele tem autonomia para fazer modificações que sejam necessárias", disse Nogueira.
Integrantes do governo, reservadamente, já consideram óbvio que haverá troca em diretorias da estatal.
O governo anunciou, na noite de terça-feira, a saída de José Mauro Coelho, menos de 40 dias após sua posse. Se assumir o cargo, Andrade, hoje secretário do Ministério da Economia, será o quarto presidente da estatal desde que Bolsonaro chegou ao Palácio do Planalto.
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A troca desagradou representantes do setor e integrantes do governo. Ala política, da qual Ciro Nogueira faz parte, tentava manter José Mauro no cargo, por considerar que uma nova troca traria ainda mais desgaste ao governo.
Na semana passada, Bolsonaro demitiu o ministro Bento Albuquerque e nomeou Adolfo Sachsida para Minas e Energia. Tanto ele, quanto Andrade são nomes da confiança de Guedes. O ministro saiu ainda mais forte da queda de braço em torno da Petrobras.
Nogueira nega que a troca na Petrobras represente intervenção de Bolsonaro, que escolheu a estatal como alvo de suas críticas neste ano diante do aumento no preço dos combustíveis. O próprio ministro disse na entrevista ao SBT que este "é o fator que mais angustia o presidente".
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Questionado sobre qual seu posicionamento a respeito de uma política de subsídios ou de fundo de amortização para reduzir o preço dos combustíveis, o ministro da Casa Civil evitou se posicionar e disse que Guedes acredita não ser viável.
"Não posso externar, se sou a favor, contra. Sou obediente à política econômica do presidente da República, ele que está no comando de todo o processo, e ele tem demonstrado que tem confiança total no Ministério da Economia, no Paulo Guedes".
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