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Cotidiano
Estudo mostra que pessoas que nunca haviam fumado antes começaram a fumar cigarro eletrônico e passaram a usar o cigarro comum
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Cigarro eletrônico | OMS
Um estudo comandado pela Coordenação de Prevenção e Vigilância do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) apontou para os riscos à saúde pelo uso de cigarros eletrônicos. O artigo foi aceito para publicação na revista Ciência & Saúde Coletiva, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva, e divulgado nesta segunda-feira (31).
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O problema principal é que o cigarro eletrônico contém nicotina, que é uma substância que desenvolve dependência. “Uma vez que você passa a ficar dependente da nicotina, você pega qualquer produto do tabaco que estiver ao seu alcance”, disse a médica epidemiologista e coordenadora de Prevenção e Vigilância do Inca, Liz Almeida, em entrevista à Agência Brasil.
Muitas pessoas que nunca haviam fumado antes começaram a fumar cigarro eletrônico e, de repente, passaram a experimentar e usar o cigarro comum. Segundo Liz, muita gente passou a usar o cigarro eletrônico em ambiente fechado e o cigarro tradicional em ambiente externo. Para a médica, isso ocorreu porque muitos desses aparelhos têm um formato super discreto, como o de um pendrive e outros têm formatos de material escolar, o que não era percebido pelos pais.
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Ela também explicou que em um primeiro momento os cigarros eletrônicos foram criados para ajudar os fumantes a deixar de fumar. “Que eles seriam menos tóxicos que o cigarro comum, teriam menos riscos. Com o tempo, a gente foi vendo que ele não era tão bonzinho assim. Tem riscos porque tem substâncias que também são cancerígenas.”
Os pesquisadores analisaram 22 estudos de diferentes países sobre o tema, em um total de 97.659 participantes. Sobre o uso do cigarro convencional, nos últimos 30 dias foram analisados nove estudos com 33.741 indivíduos. Todas as pesquisas foram publicadas entre 2016 e 2020, informou o Inca, por meio de sua assessoria de imprensa.
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