Cidade de SP perde o posto de capital mais segura do País

A cidade de São Paulo perdeu o posto de capital mais segura do Brasil para Florianópolis, Brasília e Cuiabá, e chegou ao patamar de 15,4 assassinatos para cada 100 mil habitantes. A informação é do Atlas da Violência, divulgado nesta terça-feira (18/6), com dados de 2022.

No estudo de 2019, com dados de 2017, São Paulo era a capital menos violenta do País, com um índice de 13,2 mortes a cada 100 mil habitantes.

O Atlas é elaborado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

Homicídios ocultos

De acordo com o estudo, a capital paulista foi aquela com maior número de homicídios ocultos. Somente 344 dos 1.762 homicídios teriam sido registrados corretamente.

Os homicídios ocultos, ou subenumerados, são os óbitos classificados oficialmente como mortes violentas com causa indeterminada, mas que seriam homicídios.

São Paulo foi a única capital que apresentou mais homicídios ocultos do que registrados, em 2022. Com isso, deixou de ocupar a posição da capital mais segura do País, ficando atrás de Florianópolis, Brasília e Cuiabá, nessa ordem.

Mesmo assim a taxa por cem mil habitantes da cidade não é das maiores, ficando em 15,4, por conta da grande concentração populacional.

Capital mais violenta

A capital mais insegura é Salvador, com 66,4 mortes por 100 mil habitantes. Já Florianópolis, a mais segura, teve um índice de 8,9 pela mesma quantidade de habitantes.

O Brasil tem média de 24,5 mortes intencionais a cada 100 mil pessoas. O País registrou, em 2022, entre homicídios e mortes ocultas, 52.391 óbitos.

Estado mais seguro

O estado de São Paulo apresentou a menor taxa de homicídios estimados na região Sudeste, de 9,4 mortes por 100 mil habitantes em 2022. Ressalta-se que 237 cidades não tiveram nenhum homicídio estimado, e 152 apresentaram taxas inferiores a 10.

Entre as cidades médias e grandes (com mais de 100 mil habitantes), a maior taxa de 2022 foi encontrada em Itapecerica da Serra (26,5), na região metropolitana da Capital.