Ciclovia em rodovia de São Paulo quer ligar Capital ao interior

O Governo de São Paulo tem um projeto desde 2022 para criar a Ciclovia dos Bandeirantes, que a ligaria a Capital ao município de Itupeva pelas margens da rodovia dos Bandeirantes. A proposta está emperrada há duas gestões estaduais.

Em março de 2022, o então governador João Doria (à época no PSDB, hoje sem partido) lançou o plano de construir Ciclovia dos Bandeirantes, que seria a primeira ciclovia de longa distância em rodovia no Brasil.

O que diz a Artesp

A extensão total seria de 57 quilômetros. Hoje, mais de dois anos depois, a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) não confirma sequer que o projeto será iniciado.

“A CCR AutoBAn está avaliando a viabilidade do projeto, interesse público, aspectos de segurança viária e as definições de prioridades do Estado”, informou a agência à reportagem Gazeta.

O atual governador paulista é Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Entenda o projeto

Nas palavras de Doria, a ciclovia ligaria a Capital ao então recém-criado Distrito Turístico Serra Azul, em Itupeva, com aproximadamente 57 quilômetros de extensão.

“São Paulo vai ganhar a maior e mais completa ciclovia do Brasil, com a geração de mil empregos diretos durante a sua implantação. Uma grande opção para o esporte, para o lazer e para a mobilidade”, disse o governador.

A execução das obras da nova ciclovia ficaria a cargo da concessionária CCR AutoBan, integrante do Programa de Concessões Rodoviárias, sob regulação da Artesp.

Mobilidade na região

O objetivo era o de melhorar a mobilidade entre a região metropolitana de São Paulo e a região metropolitana de Jundiaí, além de auxiliar os municípios às margens das rodovias Bandeirantes e Anhanguera.

A proposta Doria previa ainda a instalação de seis passarelas para transposição na rodovia – que permitiria a ciclistas acessar a ciclovia sem a necessidade de atravessar a rodovia. Também seriam viabilizados sete pontos de apoio, com acesso aos postos de serviços, e a nova sinalização de alerta aos usuários.

O valor estimado apresentado pelo projeto funcional chegava a R$ 219 milhões.