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Cotidiano
Temporais deixaram um rastro de alagamentos, principalmente na zona norte da capital e em municípios próximos
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Chuvas no Rio de Janeiro provocaram inundações em vários bairros | DCERJ/Fotos Públicas
Fortes chuvas registradas neste fim de semana na cidade do Rio de Janeiro e na região metropolitana do estado causaram pelo menos nove mortes, segundo informações divulgadas na tarde deste domingo (14) pelo Corpo de Bombeiros. Uma pessoa está desaparecida.
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Os temporais deixaram um rastro de alagamentos, principalmente na zona norte da capital e em municípios próximos. O Corpo de Bombeiros atendeu a cerca de 200 ocorrências relacionadas às chuvas no estado. Também há registros de impactos no sistema de transporte e de energia elétrica.
Na capital, um alagamento chegou a interditar o trânsito em um trecho da avenida Brasil, uma das principais vias da cidade, neste domingo. O fluxo de veículos foi totalmente liberado no final da manhã, de acordo com o COR (Centro de Operações Rio). A chuva ainda fechou estações de trem e metrô.
Nas redes sociais, o prefeito Eduardo Paes (PSD) disse que o Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari, na zona norte, ficou sem energia elétrica. A água inundou o subsolo da unidade de saúde.
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Paes pediu para que a população, especialmente de bairros da zona norte, evite se deslocar pelas ruas e avenidas da cudade. "Não força a mão, não força ficar passando em área alagada. Você coloca em risco a sua vida, atrapalha os agentes públicos. A previsão é de menos chuva ou chuva mais fraca hoje", afirmou Paes em vídeo divulgado às 7h40.
Outro impacto dos temporais foi a suspensão de concursos públicos. A Prefeitura do Rio anunciou que as provas dos processos seletivos Acadêmico Bolsista e Projeto Acolher, que aconteceriam neste domingo, foram adiadas. Novas datas devem ser divulgadas em breve.
A capital entrou no estágio 4 do monitoramento de riscos divulgado pelo COR -a escala vai até 5. O nível deste domingo significa que a recomendação é para que a população evite deslocamentos e fique em locais seguros.
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Nove mortes confirmadas
Até o momento, as seguintes mortes foram confirmadas pelo Corpo de Bombeiros:
Uma mulher em Acari, por afogamento;
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Uma mulher e um homem em Nova Iguaçu, por afogamento e um homem, ainda sem confirmação da causa;
Um homem em Ricardo de Albuquerque, por soterramento;
Dois homens em São João de Meriti, por descarga elétrica e afogamento;
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Um homem em Belford Roxo, ainda sem confirmação da causa;
Um homem em Duque de Caxias, ainda sem confirmação da causa.
Impactos no transporte
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A concessionária SuperVia disse que a estação de trens Osvaldo Cruz, na capital, foi fechada para embarque e desembarque em razão dos alagamentos neste domingo.
A operação do metrô também sofreu impacto. As estações Pavuna, Engenheiro Rubens Paiva, Acari Fazenda Botafogo e Coelho Neto foram fechadas temporariamente.
"As equipes de manutenção estão mobilizadas para atuar, após o escoamento da água, e restabelecer o mais breve possível o sistema metroviário", afirmou o MetrôRio.
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Em razão dos alagamentos, a Prefeitura do Rio pediu o cancelamento do ensaio técnico de carnaval previsto para este domingo na Sapucaí. O prefeito Paes ainda afirmou que recebeu uma ligação do ministro Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), que teria se colocando à disposição da cidade.
De férias, o governador Cláudio Castro (PL) afirmou no sábado que estava coordenando secretarias e que estava em contato com prefeituras para "lidar com as intensas chuvas".
Falta de luz e geradores
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O temporal ainda deixou moradores do Rio no escuro. A Enel Distribuição Rio afirmou, em nota, que restabeleceu o fornecimento de energia para cerca de 97% dos clientes afetados.
A concessionária disse que ampliou em até quatro vezes o número de equipes em campo (em comparação a um dia comum) para atender todas as ocorrências.
Os atendimentos agora estão concentrados principalmente em São Gonçalo e Niterói, onde as chuvas da noite deste sábado causaram alagamentos e dificultaram o deslocamento das equipes e a execução dos serviços em campo.
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Segundo a Prefeitura de Niterói, a cidade registrou um recorde histórico de chuva, com um volume de 120,2 milímetros em uma hora. Vários bairros ficaram alagados. Algumas ocorrências complexas envolvem a reconstrução de trechos inteiros da rede elétrica, incluindo substituição de cabos e postes.
No Rio, a Enel atende 66 municípios -abrange 73% do território estadual. A região de Niterói e São Gonçalo e os municípios de Itaboraí e Magé representam a maior concentração do total de 3 milhões de clientes atendidos pela companhia.
A Light, que também é responsável pelo abastecimento de energia no Rio de Janeiro, disse que as fortes chuvas da última noite impactaram o fornecimento de energia na Ilha do Governador, na zona norte da capital. Houve um defeito em uma das linhas que abastece a região.
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Em nota, a concessionária afirmou que está instalando geradores para cargas prioritárias, como hospitais e unidades de saúde. A Light também pediu apoio da CET-Rio para operar o trânsito na região.
Equipes da concessionária foram para o local para reparar o defeito e restabelecer a energia. A empresa já restabeleceu 79% dos clientes e segue atuando na região.
Tragédias anteriores
Uma tragédia de proporções semelhantes à deste final de semana no Rio de Janeiro ocorreu em fevereiro de 2023. À época, seis pessoas morreram no estado em decorrência de chuvas.
Em 2022, chuvas devastaram Petrópolis, na região serrana, deixando 235 mortos e dois desaparecidos. Antes, em março de 2013, temporais também atingiram a região serrana do Rio de Janeiro e causaram mais de duas dezenas de mortos.
Dois anos antes, em 2011, a tragédia na região foi tamanha que não foi possível contar, com certeza, o número de mortes. Oficialmente foram 918, mas não há um número consolidado de desaparecidos. As três cidades mais afetadas foram Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis.
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