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Segundo Roberto Foccacia, o vírus do arenavírus é transmitido por roedores silvestres | Arte: Gazeta de S.Paulo
Os sintomas são os mesmos, mas o que os causa, quanta diferença. O quadro de febre, dor de cabeça, muscular, atrás dos olhos, mal-estar e sensibilidade à luz, comum a tantas doenças como gripe, dengue, zika, chikungunya, ganhou agora mais um agente causador, o arenavírus. Este nome é devido ao formato do seu material genético, que se assemelha a grânulos de areia (arena em espanhol).
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Ele virou notícia porque, no dia 11 de janeiro, um morador de Sorocaba faleceu com sintomas semelhantes aos descritos no parágrafo anterior – e ele ainda teve episódios de hemorragia. Segundo o Ministério da Saúde, neste paciente foi encontrado um tipo de vírus que é parecido com outro que, há 20 anos, acometeu um morador de Espírito Santo do Pinhal, no interior de São Paulo.
“Eles são transmitidos por roedores silvestres, e o vírus é bastante raro por aqui”, afirma o infectologista Roberto Focaccia, professor da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes).
Tanto é assim que, de acordo com o ministério, no Brasil só houve quatro casos registrados de febre hemorrágica, como a doença é chamada.
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O que chama a atenção neste caso é a mutação do vírus que apareceu neste ano: ele é uma variante do tipo Sabiá, o primeiro a ser registrado no País, em 1990, quando uma moradora de Cotia, na região metropolitana de São Paulo, foi infectada e acabou falecendo.
“Eles estão sujeitos à modificação do clima, da derrubada de árvores, da morte de animais silvestres, do desarranjo ecológico”, aponta o professor. Outro detalhe do caso é o ineditismo, já que o vírus é novidade por aqui. “Ele não circula nas cidades, somente em ambiente silvestre”.
O ministério adverte que a contaminação se dá ao se entrar em contato com fezes, urina e saliva de roedores silvestres infectados. Entre humanos, a transmissão se dá ao ficar muito próximo a pessoas doentes, sem equipamentos de proteção. “Além da febre e hemorragia, o vírus agride muito o sistema nervoso e pode atacar outros órgãos”, avisa Focaccia.
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Da mesma forma que a dengue, não há um tratamento específico para este tipo de febre: os medicamentos auxiliam no alívio dos sintomas, e é o corpo que se encarrega de eliminar os vírus. Mas o infectologista tranquiliza: o vírus não circula entre os ratos que vivem nas cidades, por isso não há risco de grandes epidemias.
“Vale o cuidado de não entrar em contato com pessoas doentes e com os roedores e, se isso acontecer, ficar alerta. Os sintomas podem aparecer em até 15 dias depois da contaminação”, completa.
O que o rato traz
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Os roedores urbanos podem não transmitir a febre hemorrágica, mas são vetores de várias outras doenças, como a leptospirose, hantavirose, peste, tifo e brucelose. Os sintomas são bastante parecidos, como febre alta, náusea, dores de cabeça, nas articulações e nos músculos, fadiga e calafrios, mas os agentes causadores são diferentes, por isso, vale sempre o aviso: procure atendimento médico o mais cedo possível. Assim, o paciente já recebe o atendimento adequado para evitar o agravamento dos sintomas.
Coronavírus: mundo entra em alerta
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O mundo está em alerta com um novo tipo de coronavírus, que foi apontado como a causa da morte de 106 pessoas na China este mês. Os sintomas são febre alta, tosse, dificuldade de respirar e aperto no peito.
Ainda não se sabe como esse vírus surgiu, mas ele é facilmente transmitido de pessoa a pessoa.
No Brasil, nesta terça-feira (28), foi confirmado um caso suspeito do coronavírus. Uma brasileira que visitou a região de Wuhan, na China, chegou ao País com sintomas semelhantes à doença. Ela está em um hospital em Belo Horizonte e seu estado é considerado estável.
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O coronavírus não é recente: ele foi responsável pela epidemia de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), entre 2002 e 2003.
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