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Cotidiano

Cerca de 33 mil agentes públicos do Estado aguardam reintegração

Proposta de Emenda à Constituição do Estado de São Paulo tramita na Alesp, e visa a possível readmissão após perda da função pública por atos administrativos

Maria Eduarda Guimarães

30/03/2022 às 09:50

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A informação é do advogado e ex-sargento da PM de São Paulo, Antônio Carlos Moreira

A informação é do advogado e ex-sargento da PM de São Paulo, Antônio Carlos Moreira | Divulgação

Cerca de 33 mil policiais civis, militares e agentes públicos estaduais em geral de São Paulo aguardam a possibilidade da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição do Estado de São Paulo (PEC 06/2020), que tramita na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), que visa a possível readmissão após perda da função pública por atos administrativos, mas absolvidos posteriormente pela Justiça. 

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A informação acima é do advogado e ex-sargento da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Antônio Carlos Moreira, um dos administradores do grupo online Movimento Policiais Para Sempre, e é um complemento da reportagem do Diário do Litoral, veiculada no último dia 23, dando conta que só na Baixada Santista há exatos 327 policiais na mesma situação.

“Cerca de 3 mil são policiais, mas há agentes penitenciários, professores, engenheiros, enfermeiros, enfim, profissionais de diversas categorias no âmbito da administração pública que estão passando pela mesma injustiça: foram absolvidos na esfera criminal e, mesmo assim, excluídos da instituição (Governo do Estado)”, afirma Moreira. O Grupo que representa possui 3 mil integrantes.    

A PEC já está com parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) desde agosto do ano passado e é de autoria do deputado Campos Machado (AVANTE), que acredita que a proposta iria corrigir injustiças cometidas contra servidores públicos da segurança pública ocorridas nos últimos anos. Machado teria até conseguido R$ 60 milhões em emendas para pagar as indenizações pelos supostos danos causados aos agentes públicos.

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“Se ela for aprovada, acreditamos que irá favorecer 1,2 milhão de agentes que estão na ativa, além dos que foram excluídos da vida pública, porque dá nova redação aos artigos 136 e 138 da Constituição Paulista. No primeiro artigo, garante o retorno ao serviço público no cargo que ocupava, com todos os direitos adquiridos e restabelecidos 30 dias após a decisão judicial sob pena de crime de responsabilidade pelo não cumprimento pelo Governo do Estado.

Em eventual falta residual administrativa, poderão ser aplicadas outras punições disciplinares menos graves, a critério da autoridade administrativa, desde que não sejam demissionárias.  

Já o artigo 138, referente somente a policiais militares, defende ainda que o profissional só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do Oficialato ou com ele incompatível, por decisão do Tribunal de Justiça Militar do Estado.

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Sendo assim, o oficial condenado na Justiça comum ou militar à pena privativa de liberdade superior a dois anos, por sentença transitada em julgado, será submetido ao julgamento na Justiça Militar. Por fim, defende que o direito do servidor militar de ser transferido para a reserva ou ser reformado será assegurado, ainda que respondendo a inquérito ou processo em qualquer jurisdição. 

Dificuldades

O ex-sargento explica que muitos excluídos, principalmente, estão em situação econômica frágil, pois não conseguiram foram absorvidos pelo mercado de trabalho. “Muitos passam necessidades, o grupo está sempre ajudando, mas depende de contribuição voluntária. O Governo Estadual poderia promover um acordo para impulsionar as possíveis reintegrações”, revela Moreira.

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O representante do grupo explica foi absolvido da acusação de crime. “Há dois absurdos. Casos de policias em que ficou provado que não participaram de crime e ainda casos que não houve sequer o crime”, finaliza.

Ou seja, a Justiça Criminal absolveu, mas o processo administrativo permaneceu e foi responsável pela demissão dos agentes.

O advogado e ex-sargento afirma que a PEC já está na ordem do dia da Alesp, aguardando debate no Colégio de Líderes para, após sua aprovação, ser encaminhada para a Presidência da Casa e, só depois, segue para discussão e aprovação da Assembleia. “Estamos torcendo que aconteça antes das eleições”, finaliza.

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