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Ilustração do Bonde São Paulo passando pela avenida Prestes Maia, sob o viaduto Santa Ifigênia | Divulgação/PMSP
A Prefeitura de São Paulo está na expectativa de anunciar as obras para duas linhas de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) no centro da cidade, aos moldes das que já existem no Rio de Janeiro. A empolgação da gestão se intensificou na última sexta-feira (1º), quando o governo federal anunciou publicamente que pode liberar R$ 1,4 bilhão para a implantação do VLT Centro por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
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O projeto paulistano já tem até nome: Bonde São Paulo. O objetivo principal é o de revalorizar o centro, uma das prioridades da atual gestão desde Bruno Covas (PSDB), prefeito eleito que morreu em maio de 2021, vítima de câncer. Desde então Ricardo Nunes (MDB) manteve as promessas para a região central.
Nunes pretende começar as obras já em 2024 – o que pode ser um trunfo em sua expectativa de se reeleger em São Paulo. A prefeitura estima que o custo total será em torno de R$ 3,5 bilhões. A previsão inicial é de que a entrega seja feita em 2027.
“A ideia do VLT aqui no centro primeiro é fazer uma requalificação urbana e que ele possa integrar as principais estações de ônibus, trem e metrô, com uma opção de transporte rápido para quem precisa se deslocar pelo centro”, disse o secretário de Governo em exercício, Clodoaldo Pelissioni.
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A intenção dos técnicos da prefeitura é de que haja duas linhas com 12 quilômetros de extensão ao total. A primeira sairia da avenida São João em direção ao Bom Retiro, e a outra, com a mesma origem, seguiria para o Brás (veja mais abaixo). Um grupo de trabalho com técnicos de várias secretarias foi montado para acompanhar o desenvolvimento das etapas do projeto e já há estudos técnicos preliminares.
O único VLT no estado de São Paulo neste momento é o da Baixada Santista, que serve as cidades de Santos e de São Vicente. Há uma possibilidade também da implantação da novidade em Campinas.
Trajeto do Bonde São Paulo
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As duas linhas terão em comum um pequeno trecho da avenida São João e pretende se conectar com linhas do Metrô e da CPTM, além de terminais de ônibus.
Segundo informações preliminares, divulgadas pelo portal Metrô e CPTM, a primeira linha seguirá pela São João até a avenida Duque de Caxias, de onde vai seguir para a Estação Júlio Prestes (Linha 8-Diamante). De lá o VLT entrará no bairro do Bom Retiro pela rua José Paulino, indo pelas ruas Areal, Solon, Matarazzo, Mamoré e Prates.
Na sequência o Bonde São Paulo fará sua parada na estação Luz (linhas 11-Coral, 10-Turquesa, 4-Amarela e 1-Azul), tomando o caminho da avenida Cásper Líbero, passando pela rua Antônio de Godói até retornar ao Largo da Paiçandu.
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A segunda também terá como partida a avenida São João, mas vai virar à esquerda na avenida Ipiranga, com parada em frente à estação República (linhas 3-Vermelha e 4-Amarela). Depois, vai passar pala rua da Consolação até a Praça Dom José Gaspar. Dali o VLT acessará os viadutos Nove de Julho e Jacareí e a rua Maria Paula, próximo ao terminal de ônibus do Praça da Bandeira.
Na sequência a linha passará pelo viaduto Dona Paulina, pela Praça João Mendes e pela rua Anita Garibaldi, ao lado Praça da Sé (linhas 1-Azul e 3-Vermelha), no sentido zona leste. O VLT chegará à avenida Rangel Pestana, e há a possibilidade de haver uma nova travessia sobre o rio Tamanduateí. Em seguida, a linha percorrerá a rua da Figueira e as avenidas Mercúrio e Senador Queirós.
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O VLT entrará na avenida Prestes Maria sentido o Vale do Anhangabaú, passando em frente à estação São Bento (Linha 1-Azul e, no futuro, Linha 19-Celeste). Por fim, o veículo pegará o trecho inicial da avenida São João, voltando a se encontrar com a outra linha.
Os “bondes” deverão ter alimentação elétrica no subsolo e vias integradas com o ambiente, como acontece no Rio de Janeiro.
“Além de reativar a saudosa memória dos bondes antigos do centro, o VLT será um indutor para a requalificação urbana do centro. Com ele, a circulação de pedestres atual poderá ser absorvida pela nova alternativa de transporte. Do ponto de vista ambiental, a rede de VLT poderá mitigar poluição atmosférica e sonora, reduzir congestionamentos e contribuir para a revitalização de áreas degradadas”, informou a gestão municipal, em nota.
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A prefeitura vai promover nos próximos meses um chamamento público para receber contribuições da população e da iniciativa privada para o projeto.
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