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Cotidiano
Avaliação de líderes é que, por ser mulher e ter tido apoio expressivo no estado em 2018, Janaina agregaria mais ao ministro eleitoralmente
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Janaina Paschoal é deputada estadual em São Paulo pelo PSL | José Antonio Teixeira/Alesp
Líderes do centrão próximos do presidene Jair Bolsonaro (PL) defendem a presença da deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) na chapa que será encabeçada pelo ministro Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) em São Paulo.
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Esta possibilidade não é rechaçada pelo próprio auxiliar de Jair Bolsonaro –pelo contrário. Nos últimos dias, o titular da Infraestrutura disse a pessoas próximas que a vê como potencial candidata ao Senado.
O ministro chegou a dizer à própria Janaina no ano passado que seria até uma possibilidade tê-la como candidata a vice ou a senadora na chapa.
Dirigentes de partidos do centrão que fazem parte do entorno do presidente também defendem Janaina na composição com Tarcísio no palanque bolsonarista em São Paulo. A avaliação é que, por ser mulher e ter tido apoio expressivo no estado em 2018, agregaria mais ao ministro eleitoralmente.
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Os 2 milhões de votos que conquistou garantiram-lhe a condição de deputada estadual mais bem votada em São Paulo, e a convicção de que, para um mandato de deputada federal, também poderia ser eleita.
A aproximação de Janaina com Tarcísio começou no final do segundo semestre do ano passado.
A autora do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) procurou o ministro em setembro se apresentando e dizendo que, caso ele pretenda disputar o governo do estado, precisaria de um paulista como vice e que ela poderia ajudar a pensar em alguém.
Desde então, começaram a conversar. No final de novembro, tiveram o primeiro encontro na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo). A interlocutores Janaina saiu dizendo que estaria encantada, e que seu voto era dele.
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À reportagem a deputada estadual confirmou: "A palavra que eu uso para você é esta: encantada. Fiquei encantada, entendeu? Vou trabalhar para este homem ser o nosso governador".
Janaina também confirmou que a hipótese de vice foi ventilada, mas disse achar que pode "fazer mais" como senadora.
"Quero pôr meu nome à disposição do estado. Entendo que tenho formação jurídica para estar no Senado, uma Casa que requer mais densidade. Tenho pré-requisitos para ser uma excelente senadora, o que não significa que eu vá ganhar", disse a deputada, que foi professora licenciada de direito da USP (Universidade de São Paulo).
Interlocutores de Bolsonaro também veem o movimento de aproximação como estratégico por causa da capacidade que a deputada tem de agregar votos.
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Ela diz a interlocutores que seu plano A é ser candidata ao Senado, mas não descarta a possibilidade de sair em uma eventual chapa como vice.
Em conversa com o ministro, também chegou a sugerir nomes para o cargo, como a secretária de Família do governo federal, Angela Gandra Martins, filha do jurista Ives Gandra Martins.
Janaina tem feitos gestos de reaproximação ao presidente –de quem chegou a ser convidada para ser vice em 2018, mas acabou se afastando com duras críticas ao governo.
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Eles já se falaram ao telefone e combinaram de se encontrar em Brasília, mas ainda sem data.
Por outro lado, ela também vê com simpatia a candidatura do ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro (Podemos).
A construção da chapa em São Paulo é considerada uma das prioridades para o Planalto. Ter um palanque que defenda o presidente no maior colégio eleitoral do país é um dos principais focos de estratégias de 2022.
Antes dela, o nome que estava sugerido para disputar o Senado ao lado de Tarcísio era o de Ricardo Salles, que deixou o Ministério do Meio Ambiente em junho do ano passado.
A possibilidade de ele disputar o cargo, porém, foi descartada tanto pelo ministro como por dirigentes partidários pela avaliação de que outros nomes poderiam agregar mais à chapa. Salles deve disputar uma vaga na Câmara.
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Além de Janaina, o ex-presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) Paulo Skaf também é citado como opção para compor a chapa.
O empresário dirigiu a federação por 17 anos até o final do ano passado, quando passou o comando para Josué Gomes da Silva, filho do ex-vice-presidente de Lula, José Alencar.
Líderes do centrão o consideram uma boa alternativa tanto para vice de Tarcísio, quanto para o Senado. Na avaliação deles, os três poderiam disputar em conjunto.
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O titular da Infraestrutura disse a aliados que ainda não bateu o martelo sobre o partido ao qual se filiará, embora a maior probabilidade seja ir para o PL.
O ministro também tem afirmado que a tendência é deixar a pasta em 2 de abril, prazo final para os titulares das pastas abrirem mão dos cargos para disputarem a eleição.
De acordo com a pesquisa Datafolha publicada em dezembro do ano passado, Freitas aparece em quinto lugar com 5% das intenções de voto em um cenário liderado por Geraldo Alckmin (sem partido), com 28%.
Neste cenário, Fernando Haddad (PT) fica em segundo, com 19% das intenções, seguido por Márcio França (PSB), com 13% e Guilherme Boulos (PSOL), com 10%.
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Numa simulação sem Alckmin, Haddad lidera com 28%, seguido por França, que segue com 19%.
Já Boulos oscila de 13% para 11%, e Tarcísio, de 6% para 7%. O vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB-SP), que disputará a eleição, tem 6%. Os demais candidatos, Arthur do Val, oscila de 5% para 3%, Weintraub, de 2% para 1%, e Poit fica em 1%.
Na hipótese A, Alckmin lidera com 28%, seguido por Haddad (19%), França (13%), Guilherme Boulos (PSOL, 10%), o ministro Tarcísio Gomes de Freitas (sem partido, 5%), Arthur do Val (Patriota, 2%) e a dupla Vinicius Poit (Novo) e Abraham Weintraub (sem partido), com 1%. Brancos e nulos somam 16%, e 4% não opinaram.
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