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Cotidiano
Somente no fim de semana houve 372 sepultamentos no sábado e 373 no domingo; sindicato da categoria teme colapso
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Sepultamento no cemitério da Vila Formosa, zona leste da Capital, realizado nesta segunda (22) | Ettore Chiereguini/Gazeta de S.Paulo
Os cemitérios públicos e privados e o crematório da cidade de São Paulo viveram uma disparada de sepultamentos na semana entre 15 e 21 de março, de acordo com o Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep). Segundo dados da prefeitura, na terça-feira (16), por exemplo, foram realizados 336 sepultamentos, no sábado, 372, e no último domingo (21), 373. Ao total, 2.351 pessoas foram enterradas ou cremadas na cidade na última semana.
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Para efeito de comparação, em 21 de fevereiro deste ano, também domingo, houve 208 sepultamentos na capital paulista. Em 17 de janeiro, outro domingo, foram 204 sepultamentos. A prefeitura estuda adotar enterros noturnos quando o número ultrapassar 400 casos diários.
O Sindsep, porém, conta não haver mão de obra suficiente. Além disso, alerta sobre a possibilidade de haver um colapso no transporte e armazenamento dos corpos e nos enterros nas próximas semanas, caso não haja mudanças na condução do serviço funerário municipal.
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“Denunciamos o fato de que o número de sepultadores é muito baixo, são 173 efetivos do serviço funerário, 150 terceirizados e agora mais 35 no novo contrato emergencial. Esse número não cobre a possibilidade de haver enterros noturnos. O governo contratou seis torres de iluminação e seis retroescavadeiras para abrir novas valas. Mas e a mão de obra necessária?”, questiona João Batista Gomes, secretário de imprensa do Sindsep.
Segundo ele, a cidade de São Paulo vive uma diminuição de trabalhadores no serviço funerário nas últimas décadas. Em 2001 o serviço funerário contava com mais de 2.300 funcionários na ativa. Em 2018 esse número era de menos de 900 trabalhadores. Hoje o número é ainda menor.
O Sindesep cobra da gestão Bruno Covas (PSDB) a contratação de mais servidores públicos, mesmo emergencialmente, a vacinação de todos os trabalhadores do serviço funerário, a instalação emergencial de câmaras frias para acomodação dos corpos até viabilização dos sepultamentos e cremações e implantação de tendas nos cemitérios para que não haja aglomeração e controle de entrada dos familiares no velório.
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Contatada pela Gazeta, a Prefeitura de São Paulo, por meio do Serviço Funerário do Município de São Paulo, confirmou contar com 173 sepultados efetivos ativos e 150 terceirizados contratados em 2020 e no início de 2021, e que 35 novos sepultadores vão iniciar as atividades nesta semana.
Leia a nota completa:
“A Prefeitura de São Paulo, por meio do Serviço Funerário do Município de São Paulo, informa em toda a cidade, considerando cemitérios públicos, privados e o crematório, foram realizados 6.677 sepultamentos em janeiro, 5.962 em fevereiro e 4.795 até 18/03. Para reforçar o quadro de funcionários da autarquia, além dos 173 sepultadores efetivos ativos e dos 150 terceirizados contratados em 2020 e início de 2021, mais 35 iniciarão nesta semana”.
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