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Cotidiano
Mudança de nome homenageia figura de resistência e esposa do líder quilombola Zumbi
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Unidade escolar tem 93 vagas e funciona no mesmo local do campus da Universidade Zumbi dos Palmares | Edson Lopes Jr./Secom
A prefeitura de São Paulo rebatizou o CEI Ponte Pequena, no bairro da Luz, região central, em homenagem a Dandara dos Palmares, em cerimônia realizada nesta quarta-feira (20/11), Dia Nacional da Consciência Negra.
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Dandara é uma figura histórica da resistência negra no Brasil e esposa de Zumbi dos Palmares, líder do maior quilombo que existiu no país, na região de Alagoas. Foi símbolo de resistência e luta do povo africano contra a escravização.
O CEI, 17ª instituição municipal de educação que tem nome de uma personalidade negra, segue, segundo a prefeitura, o “Currículo da Cidade: Educação Antirracista: orientações pedagógicas: povos afro-brasileiros”, um documento que traz diretrizes, conceitos e práticas para promoção de vivências antirracistas nas unidades educacionais da rede municipal de ensino.
A unidade fica no mesmo local onde funciona o campus da Universidade Zumbi dos Palmares. O CEI tem 93 vagas e desenvolve diversas ações e projetos focados na educação infantil antirracista.
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Segundo o município, a mudança de nome do CEI reflete um compromisso com a valorização da cultura afro-brasileira e a preservação da memória de importantes figuras negras. Durante o evento, o prefeito Ricardo Nunes afirmou que São Paulo está dando um grande exemplo ao nomear o CEI Dandara dos Palmares.
“Esta é a cidade mais negra da América Latina, são 43% de 12 milhões de moradores, aqui há duas cidades de Salvador. Hoje estamos celebrando o Dia da Consciência Negra, os 20 anos da Universidade Zumbi dos Palmares e também o combate à injustiça, ressaltando todo o trabalho feito e o que ainda precisa ser feito na área da cultura, da educação, dentro e fora de casa e no nosso local de trabalho”, disse.
O reitor da UniPalmares, José Vicente, declarou que as novas gerações estão ajudando a mudar e a contar uma nova história.
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“A arma mais poderosa para fazer essa mudança é a educação antirracista, um currículo que tem como objetivo mudar as mentes do futuro com igualdade, respeito, tolerância. Assim teremos muito sucesso e cidadãos melhores.”
A prefeitura reforçou durante o evento que serão implantados mais cinco monumentos na Capital em homenagem a celebridades negras: a líder religiosa Mãe Sílvia de Oxalá, da cantora Elza Soares, do cabo negro santista Chaguinhas, da autora e professora Lélia Gonzalez e do geógrafo e escritor Milton Santos.
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