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Cotidiano
De janeiro a dezembro do ano passado, foram contabilizadas 44 ocorrências do tipo, ante 19 casos em 2021; em 2019, houve quatro
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A reportagem se baseou nos dados da Divisão Antissequestro divulgados pela SSP | Divulgação
A capital paulista registrou em 2022 alta nos casos de sequestro mediante extorsão. De janeiro a dezembro do ano passado, foram contabilizadas 44 ocorrências do tipo, ante 19 casos em 2021. Em 2019, ano pré-pandemia de Covid, houve quatro.
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No restante do Estado, o número de casos de sequestro mediante extorsão também cresceu. Foram 12 no ano passado inteiro, o triplo em comparação a 2021. Em 2019, houve sete.
A reportagem se baseou nos dados da Divisão Antissequestro divulgados pela SSP (Secretaria de Segurança Pública).
A quantidade de casos pode ser ainda maior, uma vez que outras ocorrências do tipo podem ter sido registradas e investigadas em delegacias convencionais, ou seja, que não são especializadas em casos envolvendo sequestro.
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A reportagem solicitou à SSP entrevista com um delegado da Divisão Antissequestro para obter mais informações a respeito desse tipo de crime. No entanto, o pedido não foi atendido.
Em nota, a pasta chefiada por Guilherme Derrite (PL) disse que a Polícia Civil realiza o treinamento de policiais dos Setores de Investigações Gerais das Delegacias Seccionais da região metropolitana, para estabelecer uma atuação padronizada, com cooperação nas investigações de casos de extorsão mediante sequestro.
O objetivo é identificar os criminosos e desarticular as quadrilhas.
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A diretora-executiva do Instituto Sou da Paz, Carolina Ricardo, aponta que o aumento nos casos podem estar ligado a dois fatores. Bandidos especializados em transações bancárias e criminosos que se utilizam de aplicativos de namoro para aplicar golpes.
"Não [é] simplesmente culpar o Pix ou a modernização bancária, mas acho que essa foi uma facilidade que de alguma forma contribuiu para o aumento de roubos e, agora, a gente começa a ver com mais força essa questão da extorsão mediante sequestro", disse ela.
Carolina vê semelhanças entre esses casos e os de sequestro relâmpago, em que vítimas eram levadas por bandidos até caixas eletrônicos com a intenção de sacar o máximo montante possível.
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À época, uma das soluções encontradas pelas instituições bancárias foi reduzir os valores de saque para determinados horários.
Quanto ao golpe dos aplicativos de relacionamento, a diretora-executiva do Sou da Paz diz ser necessária uma integração entre as polícias, para que possa haver uma investigação mapeando os pontos com maior incidência do crime.
Um delegado afirmou à reportagem que o termo sequestro mediante extorsão consiste na restrição de liberdade e exigência de valores patrimoniais ou bens feita para um terceiro.
Alguns casos também podem ser registrados em um primeiro momento como roubo, podendo haver restrição de liberdade para se subtrair o patrimônio da vítima.
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Segundo policial, a questão de nomenclatura é mais técnico-jurídica, podendo a tipificação penal ser alterada no curso do processo por meio do Ministério Público com anuência do Judiciário.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública disse que Polícia Civil pretende se reunir com as organizações que operam aplicativos de encontros e com as instituições bancárias.
De acordo com a pasta, somente no ano passado 303 sequestradores foram presos e 115 inquéritos, instaurados para apurar os crimes.
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Furtos e roubos
Os casos de furtos no estado tiveram alta em 2022 em comparação com os anos anteriores. Foram 564.940 ocorrências de janeiro a dezembro contra 470.200 casos em 2021, alta de 20%.
A quantidade ultrapassou o dado observado em 2019, antes da pandemia: 504.896.
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A soma de ocorrências de furto em todo o ano passado só foi menor do que a de 2005, quando houve 20 casos a mais.
Assim como no estado, a capital também registrou alta na quantidade de furtos. Foram 236.145 ocorrências no ano passado, ante 187.785 no ano anterior, alta de 26% O montante visto em 2022 foi o maior desde a série histórica, iniciada em 2002.
Os roubos voltaram a subir no estado, após queda durante a pandemia. Houve 245.900 registros em 2022 ante 225.706 no período anterior, um aumento de 9%. Em 2019, a Polícia Civil contabilizou 255.397 ocorrências do tipo.
Na Capital, o total de roubos chegou a 143.936 em 2022, volume 12% maior em relação a 2021 (128.589). Na comparação com 2019, quando houve 141.134 casos, o aumento foi de 2%.
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Questionada sobre os aumentos de roubos e furtos na capital e no restante do estado, a SSP não respondeu até a publicação deste texto.
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