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Cotidiano

Casos de sequestro mediante extorsão disparam na cidade de São Paulo

De janeiro a dezembro do ano passado, foram contabilizadas 44 ocorrências do tipo

27/01/2023 às 10:06  atualizado em 27/01/2023 às 11:07

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Em 2019, ano pré-pandemia de Covid, houve quatro casos deste crime

Em 2019, ano pré-pandemia de Covid, houve quatro casos deste crime | Divulgação/Pixabay

A cidade de São Paulo registrou em 2022 alta nos casos de sequestro mediante extorsão. 

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De janeiro a dezembro do ano passado, foram contabilizadas 44 ocorrências do tipo, ante 19 casos em 2021. Em 2019, ano pré-pandemia de Covid, houve quatro. 

No restante do estado, o número de casos de sequestro mediante extorsão também cresceu. Foram 12 no ano passado inteiro, o triplo em comparação a 2021. Em 2019, houve sete. 

A reportagem se baseou nos dados da Divisão Antissequestro divulgados pela SSP (Secretaria de Segurança Pública). 

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Cativeiro na região da Brasilândia, zona norte, usado por criminosos para manter vítimas de sequestro, entre fevereiro e março de 2022, encontrado pela Divisão A quantidade de casos pode ser ainda maior, uma vez que outras ocorrências do tipo podem ter sido registradas e investigadas em delegacias convencionais, ou seja, que não são especializadas em casos envolvendo sequestro. 

A reportagem solicitou à SSP entrevista com um delegado da Divisão Antissequestro para obter mais informações a respeito desse tipo de crime. No entanto, o pedido não foi atendido. 

Em nota, a pasta chefiada por Guilherme Derrite (PL) disse que a Polícia Civil realiza o treinamento de policiais dos Setores de Investigações Gerais das Delegacias Seccionais da região metropolitana, para estabelecer uma atuação padronizada, com cooperação nas investigações de casos de extorsão mediante sequestro. 

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O objetivo é identificar os criminosos e desarticular as quadrilhas. 

A diretora-executiva do Instituto Sou da Paz, Carolina Ricardo, aponta que o aumento nos casos podem estar ligado a dois fatores. Bandidos especializados em transações bancárias e criminosos que se utilizam de aplicativos de namoro para aplicar golpes. 

"Não [é] simplesmente culpar o Pix ou a modernização bancária, mas acho que essa foi uma facilidade que de alguma forma contribuiu para o aumento de roubos e, agora, a gente começa a ver com mais força essa questão da extorsão mediante sequestro", disse ela. 

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Carolina vê semelhanças entre esses casos e os de sequestro relâmpago, em que vítimas eram levadas por bandidos até caixas eletrônicos com a intenção de sacar o máximo montante possível. 

À época, uma das soluções encontradas pelas instituições bancárias foi reduzir os valores de saque para determinados horários. 

Quanto ao golpe dos aplicativos de relacionamento, a diretora-executiva do Sou da Paz diz ser necessária uma integração entre as polícias, para que possa haver uma investigação mapeando os pontos com maior incidência do crime. 

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Um delegado afirmou à reportagem que o termo sequestro mediante extorsão consiste na restrição de liberdade e exigência de valores patrimoniais ou bens feita para um terceiro. 

Alguns casos também podem ser registrados em um primeiro momento como roubo, podendo haver restrição de liberdade para se subtrair o patrimônio da vítima. 

Segundo policial, a questão de nomenclatura é mais técnico-jurídica, podendo a tipificação penal ser alterada no curso do processo por meio do Ministério Público com anuência do Judiciário. 

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Em nota, a Secretaria da Segurança Pública disse que Polícia Civil pretende se reunir com as organizações que operam aplicativos de encontros e com as instituições bancárias. 

De acordo com a pasta, somente no ano passado 303 sequestradores foram presos e 115 inquéritos, instaurados para apurar os crimes. 

FURTOS E ROUBOS 

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Os casos de furtos no estado tiveram alta em 2022 em comparação com os anos anteriores. Foram 564.940 ocorrências de janeiro a dezembro contra 470.200 casos em 2021, alta de 20%. 

A quantidade ultrapassou o dado observado em 2019, antes da pandemia: 504.896. 

A soma de ocorrências de furto em todo o ano passado só foi menor do que a de 2005, quando houve 20 casos a mais. 

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Assim como no estado, a capital também registrou alta na quantidade de furtos. Foram 236.145 ocorrências no ano passado, ante 187.785 no ano anterior, alta de 26% O montante visto em 2022 foi o maior desde a série histórica, iniciada em 2002. 

Os roubos voltaram a subir no estado, após queda durante a pandemia. Houve 245.900 registros em 2022 ante 225.706 no período anterior, um aumento de 9%. Em 2019, a Polícia Civil contabilizou 255.397 ocorrências do tipo. 

Na capital, o total de roubos chegou a 143.936 em 2022, volume 12% maior em relação a 2021 (128.589). Na comparação com 2019, quando houve 141.134 casos, o aumento foi de 2%. 

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Questionada sobre os aumentos de roubos e furtos na capital e no restante do estado, a SSP não respondeu até a publicação deste texto.

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